terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dois corpos nús


Toque nos meus joelhos
Me faca um pouco de cafune
E me passe todo seu calor
Pode beijar os meus pentelhos
Do jeito que você quiser
Eu não tenho nenhum pudor

Segure as minhas nádegas salientes
Use o seu dedo para um carinho
Ou a sua língua atrevida
E lhe abrirei as pernas indecentes
Para lhe oferecer o meu ninho
No desejo de ser possuída

Massajei-a os meus pés cansados
E beije os meus dedos perfumados
Que fazem parte do que lhe dou
Todo o meu corpo e tarado
Para ficar ao seu acoplado
Se preciso toda a noite, meu amor

Não ligue para os puritanos
Que são covardes hipócritas
Que desejam o mesmo que nos
Condenam-nos como devassos insanos
Mas atras de todas as portas
Fornicam e gemem quietos e a sós

Beba do meu leite molhado
Que fará bem a sua pele
E eu beberei do seu também
O amor vale tudo quando e sagrado
E aquele que o repele
Não pode jamais amar ninguém

Olhe como os espelhos
Refletem a beleza da copulação
De dois seres numa entrega
Dê-me todos os seus beijos
Seus lábios, e todo seu tesão
E mexe e mexe, porque a cama não quebra.

Goze livre, porque o gozo e divino
E aproveite este momento lindo
Vire os olhos que lhe dou as costas e peço mais
Somos só uma carne, dois corpos nus
Somos o amor quebrando todos os tabus
E gozando toda a merecida paz

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Momentos de luxúria e prazer


Hum, vibram faíscas no meu íntimo ardente
Uma dança de labaredas que estimulam o garanhão
Perante o teu despir sensual e entrega a quente
Do pecado da tua carne vulcânica ao meu tesão

Um toque de língua sem modéstia derrete meu peito
Sobre teu corpo excitado que desliza no meu arrepio
Embriagado de prazer pelo teu suspirar perfeito
Num gemido que soltas da tua boca com hálito de cio

Soltas o cabelo subindo e descendo sobre mim
Açoitando meu rosto com teus múltiplos orgasmos
E cravo minhas mãos no delírio do teu festim
Vaginal no nosso vai e vem sem cessarmos

A sensualidade que nossa volúpia esclarece
E sinto o calor de dentro de ti que expulsas louca
E penetro todo teu ser que em mim estremece
Nos gritos do teu sim de loucura em voz rouca

De almas dissolvidas num gozo de carícias
Partilhadas a fogo nesta maré de lua cheia
Uivando como um lobo faminto das tuas delícias
Que ateiam este tesão educado da nossa epopeia


(Henrique Fernandes)

domingo, 16 de novembro de 2008

Vem... sou tua


O meu corpo
Tem toque de veludo
Na entrega carnal
Dos afectos
E desejos incontidos
Que não escondo
Atrás de máscaras
De menina decente.

Sou mulher,
Inteira, completa,
E quero-te
Ávido de mim,
Sedento dos meus seios
E ansioso
Pelo roçar das minhas coxas
Que se abrem para te receber.

Completa-me e mistura-te
Com os fluidos lascivos
Que se unificam
Em matéria
Que anseio receber
Dentro de mim…

Vem…
Sou tua!


Vera Silva

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mostra-me


- Falamos tudo o que quiseres – prometeu ele – depois de eu te mostrar tudo aquilo que tenho andado a pensar em fazer-te o dia todo.
A língua dele secou quando ela fez escorregar a blusa. Esta noite, ela usava seda por baixo, seda escura e perigosa que mergulhava decotadamente de forma provocante na curva dos seus seios e depois descaia para luzir debaixo do cós da saia.
- Quero ver o resto – conseguiu dizer, abrindo o fecho de correr.
- Mostra-me – disse ela – mostra-me o que é que pensaste em fazer-me – Esmagou a boca contra a dele, insuportavelmente ansiosa. – Depois faz mais.
Ele podia tê-la comido viva, tê-la consumido centímetro a centímetro e depois ter uivado à Lua como um lobo raivoso.
Então mostrou-lhe, atacando-lhe a boca, deixando as suas mãos vaguearem com a pressa que lhes apetecia. Os sons da garganta dela tornaram-se mais fortes, mais selvagens. Sentiu os dentes dela a mordiscarem e a puxarem-lhe o lábio, levou os seus à garganta dela para devorar a curva de seda aveludada.
Ela já estava húmida quando ele a envolveu. Se a puxasse para cima, implacavelmente, se o gemido dela se transformasse em algo mais próximo de um grito, ele estaria demasiado descontrolado para parar.
As pernas dela afivelaram-se simplesmente. Ela sentiu-se a cair, sentiu a almofada do corpo dele debaixo do seu, depois o seu peso quando ele rebolou.
A boca dele estava em toda a parte, chupando gloriosamente através da seda, depois por baixo dela. As suas mãos estavam excepcionalmente rápidas, alisando de um lado, e agarrando do outro. As dela não estavam menos apressadas, procurando carne, descobrindo, explorando.
Ela arrancou e puxou-lhe o botão das calças, murmurando promessas e súplicas enquanto lutavam sobre o cobertor.
Ofegando, ela afastou-lhe as pernas, depois, num gesto rápido como um relâmpago, que lhe toldou os sentidos, puxou-o para si.
Enquanto a espantosa e violenta glória do acto o trespassava, viu-a arquear-se para trás. O corpo dela era sinuoso e macio, o seu cabelo uma enxurrada de seda, o seu rosto uma escultura de puro triunfo e prazeres carnais.
Enfeitiçado, esticou-se, encontrou os seus seios e observou as aos a fecharem-se neles. Sentiu o peso, a quente pressão dos seus mamilos, a batida selvagem do seu coração.
Do dele, pensou vagamente enquanto o seu corpo estremecia de insuportável desejo.
O sangue começou a ferver-lhe no tronco, na cabeça e ele tinha certeza que ia explodir.
Viu os braços dela a levantarem-se, a erguerem-se como os de uma bruxa em direcção ao céu. Os movimentos dela aceleraram. Depois a mente dele confundiu-se e o seu corpo entrou em erupção, esvaziando-se dentro dela.
Num gemido longo e estremecido, ela deslizou para baixo dele. Havia visões a dançar na sua cabeça, esbatidas.


(Nora Roberts)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Prazer no amor


Nossos corpos se tocam
sedentos de amor,
Tua mão desliza suave
entre minhas pernas,
os lábios se tocam
num beijo húmido
cheio de calor...
Tua língua percorre
meus seios endurecidos
de tanto amor...
Beijo teu corpo
deslizando no prazer
sinto teu sabor
chocolate...mel...
Sentada em teu colo
respiro ofegante em teu ouvido...
juntos em gemidos de prazer,
trocamos carícias
em dois corpos amantes.


(Ana Coelho)

domingo, 9 de novembro de 2008

Desejo


Diante de mim

o seu corpo

belo

firme

quase nu

com cheiro

de mar

e de amor.

Diante dele

o meu querer

o meu desejo

intenso

inteiro

integral

indescritível

de tocar

cheirar

sentir

aquele corpo

aquele homem

aquele amigo

desejo.


(Stela Fonseca)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nua em bolero


Quando te despes
Ao som deste bolero
Meus olhos famintos
Fuzilam-te com esmero.
Posso sentir a ardência
Do teu corpo provocante
E que corpo gata!
Assim, no ritmo da música,
Tire tudo, tudinho,
Bem devagar, dançando,
Assim, aos pouquinhos,
Do jeito que eu gosto.
Sei que adora
Ver minha reacção.
Sei que gosta,
De me deixar com tesão.
Tire o vestido branco,
Jogue pro lado, isso, vai.
Uall!!!
Dance, não pare.
Agora se desfaça do sutiã,
Com calma, assim, genial.
No som desse bolero
Os seios despontam,
Saltam cadenciados.
Aumento o som.
Chame tuas mãos
Pra dançarem com você,
Como sabe,
Que é assim que gosto?
Adivinhou,
Leu meus pensamentos?
Sensação de déjà vu.
Até parece que já vi este filme!
Sente na cadeira
Alise as coxas, tire as meias,
Sinta como escorregam pelas pernas,
Isso, sem pressa.
Temos todo tempo do mundo!
Virou-se, me deu as costas
Nessa coreografia de desprezo,
Como se não se importasse comigo.
Show de tanguinha vermelha
Que mau te cobre a bundinha
Que quase somem entre as pernas
Deixando a mostra os glúteos
E as linhas curvilíneas
De tuas polpinhas.
Uall, é agora!
Vai tirar a calcinha?
Compassadamente
Vai se livrando dela.
Como águas que caem na cachoeira,
Ela desliza suavemente pelas pernas,
Abandonando-te, deixando teu corpo
Completamente nu.
Tuas ancas, tua bunda,
São a própria música,
Me cortejam, me chamam,
Em derreados fortes,
Vibrantes, nos acordes.
Que doce tortura mulher!
Vem pra mim, assim,
Melodiosas costas e quadris
Em ondulações febris.
Olha, ta chegando perto,
Meu corpo fica esperto
Quero te pegar, é proibido.
Será que eu consigo?
Lentamente vai se virando,
Revelando o mais desejado,
Teu sexo quente e molhado
Que esfrega no meu rosto,

Em busca dos meus beijos safados!


(Rickybar)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nunca tinha sido assim


Ele sorria enquanto lhe envolvia o rosto ternamente com as suas mãos e a beijava. Ele trataria de tudo, dando-lhe tanto o seu coração como o seu corpo. E possuindo o dela. Portanto as suas mãos estavam macias, à vontade, enquanto lhe tocava – nos ombros, nas costas, pelo cabelo, enquanto a sua boca a persuadia pacientemente a dar-lhe mais. A aceitar mais. Só um pouco mais.
Ela ainda tremia, mesmo enquanto o seu corpo se inclinava mais genuinamente contra o dele, enquanto o som do prazer silencioso saia em suspiro dos seus lábios, e depois dos dele.
Um murmúrio de surpresa e desejo caiu em lamúria da garganta dela enquanto ele a beijava novamente, com as mãos no seu rosto e os dedos a percorrê-lo.
O seu fôlego preso libertou-se tremulamente quando os dedos dele pousaram no botão de cima da sua camisa. Lentamente, ele abriu-lhe a camisa, esticou-a e colocou a palma da mão contra o coração dela.
- Pensei em tocar-te. Em como seria o toque da tua pele. E o sabor. E o cheiro. – Olhando para ela, fez escorregar a camisa dos seus ombros.
Os olhos dele ficaram com ar solene quando ele percorreu a curva descendente do soutien dela com a ponta do dedo, voltando depois a subir. Sabia que ela seria macia. Mas a forma como a sua pele tremia com o seu mais leve toque, a forma como a sua cabeça como a sua cabeça descaia em rendição aturdida, acrescentava doçura ao desejo.
Por isso não possuiu – embora já pudesse sentir a forma como os seios dela se arredondavam, pequenos e firmes nas suas mãos. Ao invés, inclinou a cabeça e tomou-lhe de novo a boca. Os sabores obscuros e potentes invadiram-lhe o corpo, insinuando sabores mais quentes e mais íntimos.
- Quero… - as mãos dela tremiam enquanto lhe apertava a camisa. Acalmou-se ao olhar para os olhos dele. – Quero-te mais do que alguma vez imaginei – desabotoou-lhe a camisa, esticando-se para a puxar dos ombros. Depois baixou o olhar.
Experimentou espalhar as mãos pelo peito dele, onde a pele era macia, e a batida do coração dele disparou.
Depois, o dela saltou-lhe para a boca quando ele lhe desapertou o cós das calças, Enfeitiçada, sentiu-o a pegar-lhe na mão, balançando-a enquanto ela se libertava das calças.
- Deita-te comigo – murmurou ele – vem deitar-te comigo.
Ele deitou-a no cobertor e capturou-lhe a boca.
Tocou-lhe com uma ternura assustadora, moldando-lhe os seios, dando a si próprio o prazer doloroso de deslizar por debaixo do algodão para testar e provocar. Precisava do sabor que o tentava ao longo da garganta dela, sobre os seus ombros. Quando a sua língua deslizou, como haviam feito os seus dedos, por debaixo do material para humedecer o seu mamilo, ela arqueou-se. Ele abriu o fecho dianteiro do soutien e levou-a, sedosamente, à boca.
Atormentada, extasiada, apertou-o mais perto. Por debaixo dele, os movimentos eram frenéticos, descarados. Ele estava a desmanchá-la, com língua e dentes e lábios, obrigando-a a implorar com palavras atabalhoadas e ofegantes. O clímax sólido e agitado deixou-a a estremecer, a estremecer até se deixar cair frouxamente para trás.
Nunca ninguém a tinha feito sentir tanto.
Com um gemido ele pressionou os lábios contra a sua carne, deixando a mão vaguear agora mais por baixo, sobre a curva da sua cintura e ancas. A boca dele deslizava pelas suas costelas. – Meu Deus, o que é que estás a fazer?
- A dar-te prazer – e tencionava fazer-lhe mais coisas, tinha de fazer-lhe mais. A necessidade aumentava dolorosamente dentro dele, todo aquele sangue quente e a luxúria violenta que ele sabia que não conseguiria acorrentar durante muito tempo. Puxou-lhe as cuecas e mordiscou – A dar-me prazer.
O corpo dela era um tesouro de delícias obscuras que ele tencionava explorar totalmente. Mas o tempo de lazer passara. Já ávido, possuiu-a, deliciando-se nos seus movimentos agitados, nos seus arquejos e gritos.
Ele queria-a assim, indefesamente sua, agarrando-se enquanto ele a deixava implacavelmente em brasa. E quando ela se contorceu, molhada e selvagem, ainda não era suficiente.
Ele arrancou as calças de ganga enquanto levava a boca numa viagem alucinante pelo tronco dela acima, pelos seus seios palpitantes e de volta aos seus lábios trementes.
Ela arqueou-se apressadamente contra ele, depois entesourou-o com força com as suas pernas.
Então, gritou em triunfo quando ele a penetrou com força e profundamente. O orgasmo percorreu-a como uma onda de lava, deixando-a abalada e a escaldar.
As suas mãos deslizaram frouxamente das costas dele. Sentiu-o a enrolar-se, depois a estremecer e então a deixar cair o seu peso sobre ela.
Ela estava a tremer de novo, ou ainda, pequenas explosões que ele sabia serem as réplicas de bom sexo.
- Provavelmente vais ficar todo convencido quando te disser isto – disse ela – mas nunca ninguém me fez sentir assim.


(Nora Roberts)

domingo, 2 de novembro de 2008

Um beijo


Jantar, recordou-se. Era apenas jantar.
– Está bem, eu vou – disse ela.
- Ainda bem – com uma mão ainda a agarrar na dela, ele agarrou-lhe na nuca e aproximou-a de si. Já estava a ficar nervosa, quando se lembrou de levar uma mão em protesto ao seu peito.
- Só te vou beijar – murmurou
Não havia “só” nenhum naquilo. Os olhos dele permaneciam abertos, alerta, vigorosos e postos nos dela enquanto a sua boca descia. Foram a última coisa que ela viu, aquele azul vivo, impressionante, antes de ficar cega, surda e muda.
No início, pouco mais foi do que um vestígio de um toque, um leve roçar de boca na boca. Ele estava a segurá-la como se fossem deslizar numa dança a qualquer instante. Ela achou que era capaz de balançar, de tão suave e doce que era aquele primeiro encontro de lábios.
Depois deixaram os dela, surpreendendo-lhe a saída de um suspiro à medida que ela retirava a sua boca numa viagem lenta e luxuriosa do seu rosto. A exploração silenciosa – as suas bochechas, as têmporas, as pestanas – enfraqueceu-lhe os joelhos. O tremor teve início aí e ascendeu, de maneira que ela estava sem fôlego quando a boca dele cobriu a sua uma segunda vez.
Agora de forma mais profunda, mais lenta. Os lábios dela separaram-se, e as boas-vindas ecoaram na sua garganta. A sua mão deslizou pelo ombro dele acima, prendeu-o e depois ficou frouxa.
Ela era tudo o que ele quisera. Tê-la assim nos braços, sentir o seu tremor com a mesma necessidade que o abalava por dentro era mais que glorioso. A sua boca parecia concebida para se combinar com a dele, e os sabres que ele lá encontrou eram obscuros, misteriosos e maduros.
Conseguia perceber como iria ser, sentir como iria ser, deitar-se na erva quente com ela, prendê-la debaixo dele, corpo com corpo e carne com carne. Como ela se iria mover debaixo dele e contra ele, desejosa, ansiosa e fluida. E, por fim, finalmente por fim, enterrar-se dentro dela.
Mas desta vez a sua boca era o suficiente. Deixou-se demorar e saborear e possuir, afastando-se suavemente e com a promessa de mais.
(Nora Roberts)