terça-feira, 27 de outubro de 2009

Posse



Vem cá! Assim, verticalmente!
Achega-te… docemente…
Vou olhar-te… E, no teu olhar, colher promessas do que quero prometer, até à síncope do amor na alma!
Colemos as mãos, palma a palma!
A minha boca na tua, sem beijo…
Desejo-te, até o desejo se queixar que dói.
Eu sou tua, assim, como nenhum foi!



Leonor Almeida

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Libido



Semeias no meu corpo
Orquídeas vermelhas
Deslizas nas minhas coxas
Lentamente…
Toque de fruto erecto
Suave como seda pura
Morango adocicado,
Mel que escorre
Na colmeia do meu seio
Que lambuzas e abusas
Contorces num prazer insaciado
O meu suspiro dolente
Faz-te girar …
Como fera enjaulada
Sedenta de procriar
Entras em mim
Em redenção
Sussurros, gemidos, libido
Que escorre
Pela caverna do prazer…

Sou mulher!

Seda Natural

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lânguido



Desnudas com teu olhar lânguido, o meu
Corpo ávido, atordoado em desejo
Rebolo sobre a coberta num lampejo
Ensaio uma dança embriagada pelo teu

Respirar ofegante de quem nasceu
Para o amor em forma de atropelo
Nossos corpos em êxtase, subtil duelo
Chocolate quente que se derreteu

Sob o calor de um feixe inebriado
Vais entrando docemente no meu ser
Sente-me mulher de desejo insaciado

Deslizam tuas mãos me dão prazer
Tocam no meu peito amorangado
Cresce a volúpia em cada absorver
Seda Natural