terça-feira, 23 de junho de 2009

Erótica

São teus seios as colinas, entre a orla, do

tecido transparente. E, que, à meia-luz, da janela,

vêm lembrar dois ninhos ou duas

andorinhas, de bicos rosáceos e erectos,

pelo subtil roçar, da pele nua, com a seda,

eternamente sensual.

Feminina figura, de silhueta, que vai variando

a tez, de sua pele, entre a claridade ou a

sombra, vai-se enredando,

cada vez mais, no tecido transparente, onde,

a todo o momento, se pode adivinhar, as linhas

correctas, de seu perfeito corpo.

E quando se decide, a sair, detrás da tentadora,

cortina, caminhar seguro, meu olhar,

contempla-a, de cima a baixo,

em toda a sua nudez, para, de seguida, me

perder em seus olhos, na vaga esperança,

de algum sinal: lábios ligeiramente humedecidos.

Jorge Humberto

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