quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Como te desejo


Teu corpo belo...amor

Tua boca, teus seios

Tuas coxas, tuas ancas…

Toda tu

Te entregas num longo

E profundo prazer

Ao meu corpo ávido

De te possuir

Fazes explodir em mim…

O prazer indescritível

Da paixão

A ânsia de te ter

De te amar…

De fundir nossas bocas

Nossos beijos…

Nossos corpos…

Nosso sexo…

Como te amo meu amor….

Como te desejo.


Mário Margaride

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ABC Erótico


Abre-te!
Beija-me!
Cobre-me!

Amar-te é volúpia
Brincar é malícia
Carícia é pingo de mel.

Ai!
Basta!
Cala-te!

Abraço-te, queres?
Belisco-te, gostas?
Colo-me a ti, einh?

Ah!
Biscoito
Crocante!

Às nuvens subi
Bebendo o teu néctar
Crescendo-me em ti!

Ata-me!
Bebe-me!
Come-me!

Agora imparável
Brutalmente bom

Cada vez melhor!

(Noel Ferreira)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Encontro Explicito

Ele esperava-a, ela nervosa caminhou na sua direcção, só o toque no braço a fez estremecer, em conversa de ocasião, perguntou-lhe provavelmente se a viagem tinha sido boa, a resposta nem a ouviu, seguia á frente dele dando um ar de aparente normalidade, conseguia sentir a presença dele, o cheiro e ele atrás dela…a porta fechou-se (tinha as palmas das mãos húmidas), olhou-o bem nos olhos, ele agarrou-a, encostou-a contra a parede, beijou-a com uma intensidade que ela desconhecia existir, as mãos percorriam-lhe o corpo todo, como se ele lhe pertencesse, a forma como lhe abocanhou ao seios e lhe meteu os dedos no ventre e a fez gemer de delírio…decididamente aquele homem descontrolava-a, a destreza com que lhe arrancava gemidos da boca e lhe fazia o corpo tremer…o orgasmo surgiu praticamente do nada, as bocas juntas, as línguas, o olhar, tudo emanava tesão… quando ele lhe meteu o membro na mão foi com naturalidade que o agarrou e o manipulou, cuspiu na mão e viu nos olhos dele…baixou-se e acarinhou-o, chupando avidamente, sentir-lhe o membro teso excitou-a ainda mais…. Ele de pé olhava-a, apreciava o espectáculo da mulher que ama, sugando-o, uma das mãos a segurá-lo nas nádegas, a outra premente rodeando o falo, formando um segundo anel junto com a boca que se fechava em volta da glande, a língua traçou círculos em volta, desceu...saboreou-lhe os testículos...voltou a subir, subida que se afigurou vertiginosa para ele, quando parou na trava e firmou-se, húmida, fremente levando-o a querer explodir Gemeu fundo. Funcionou como um tónico para ela que intensificou o movimento de vai vem sobre ele... Que rendido pediu para ela parar, segurou-a pelos braços, puxou-a si, as línguas procuraram-se urgentes, húmidas suplicantes. Ele meteu-lhe novamente a mão por dentro das calças, sentiu-lhe a humidade, sumarenta ela gemeu em súplica, os dedos arrebataram-lhe a vagina abrindo-a, violando-a, explorando-a, as ancas dela iam e vinham numa súplica constante - sou tua - disse ela enquanto se enroscava e apoiava nele á medida que o orgasmo lhe explodia no corpo arfante.
Sentaram-se nas cadeiras...Ele reparou então na sala, espartana de móveis, o verde dos cedros a reflectir na vidraça confundia-se com o verde dos olhos dela, puros de amor e dedicação, a pele leitosa levemente corada, o sorriso de satisfação ilumina-lhe o rosto e os lábios desenham um "amo-te" surdo, mas audível. Ele sentou-a no colo, reclinou-a sobre o seu corpo em espaldar, ela terna, macia, generosa, aconchegou-se, aproximou os lábios dos dele numa sede de ternura e aconchego, lânguida, provou-lhe a língua, desenhou-lhe os contornos dos lábios, ele insinuou a mão por baixo da camisola, soltou-lhe o seio, destapou-o, lambeu o botão enrijecendo-o entre os lábios, ela apertou as pernas...o gemido veio fundo, ele dedilhou-lhe o mamilo com força, sempre em movimentos circulares, as pernas intensificaram-se na fricção que vinha fazendo... Novamente, o corpo se retesou, de lábios colados, ele saboreou-lhe as sensações...
O carinho continuava a abençoar os dois corpos, em identidade total.
A conversa fluía numa tentativa de iludir a vontade de se entregarem de forma total, riam...Como se essa conversa fosse o objectivo primeiro...as mãos desmentiam o sentido da conversa, sempre no corpo do outro, sentindo, apalpando, premindo...
Ela disse-lhe: - quero-te de novo - num desafio que ele não podia já mais ignorar...
Levantou-se em frente dela, desapertou o fecho das calças, meteu a mão dentro dos boxers, puxou-o para fora, ela prontamente deitou-lhe a mão, descobriu-lhe a glande que ainda murcha tinha vestígios das carícias que lhe prodigalizara antes, ela lambeu esses resquícios, numa sede inaudita, queria-o assim, abocanhou-o todo dentro da sua boca gulosa, assim murcho ficou todo dentro, recuou, ela já sabia como o endurecer, o que ele queria, como queria, parecia que o conhecia desde sempre, - amo-te, meu amor - disse-lhe ele. Ela sugou-o novamente em vai e vem esticando-o na boca, premindo as bordas da glande... parou, olhou-o nos olhos numa súplica, ele beijou-a, sentindo o seu próprio sabor na boca dela, sentou-se, ela abocanhou-o de novo, esfomeada. Ele tentou pará-la de novo pouco convincente. Ela respondeu - vem amor, eu quero - como que adivinhando os desejos dele, ele recostou-se, ela apoiou as mãos nas coxas dele, o membro completamente teso na boca, sentindo a urgência dele a vir, os lábios formaram um torno em volta da haste recolhendo o néctar em golfadas, bebendo tudo como se de um elixir se tratasse. Recostado, a cabeça inclinada para trás, olhos fechados, sentia a volúpia invadi-lo, cada golfada que lhe oferecia era um soneto ao amor que ela ofertava. Quando abriu os olhos e se endireitou, bateu com os olhos no rosto dela, límpido, sorridente, feliz, amorosa - amo-te - disse-lhe ela reforçando o acto de amor que lhe ofereceu, beijaram-se com aquele sabor de sémen, deleitando-se com as sensações que se provocaram mutuamente.
Não há amor maior que a oferta de dois corpos que se amam.
Jaber

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vem

Vem
Não resistas
Não... hesites...
O meu corpo chama por ti
Sedutor...quente
Não resistas...
toca-me...
Vem..
Chupa-me
Entra em mim...
Aperta-me
Possui-me
Beija
Chupa
Mama
Aperta
Acaricia
Tu desejas... Eu quero
Eu quero... Tu desejas

(Flor de lis)

domingo, 19 de outubro de 2008

Gozo solitário


Tenho o seio agora fisgandando
A pele arrepiada
Pelo toque de minhas mãos
Penso em você
No momento não está aqui
E ainda assim
Faço sentir...
Acaricio meu corpo
Como gostaria que fizesse
No pensamento
Tudo que falamos
A tua voz
O teu sorriso
Isso tudo estimula, libido...

Dentro do meu corpo
Desejo alucinado por você
Apresentado por um líquido
Que teima em escorrer...

A vontade de ser tua
De em teus braços
Estar nua...
De que tome conta do meu corpo
E faça dele, palácio das delícias
Ser a toalha que me enxuga
Com grande malícia...

Sinto agora, que o gozo se aproxima
Gozo solitário
Aqui, dessa menina
Mas que no pensamento passeia
Inventando mil aventuras...
A sereia com seu tritão
Em doce paixão...


FátimaAbreu

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Cegos de desejo


Chegaste de surpresa, sem eu te ver,
Tapaste-me os olhos e com tanto querer
Beijaste-me o pescoço, com sofreguidão,
Soube quem eras pelo toque da mão.
Despidos e roupas, nus de nós,
Levamo-nos apenas pela nossa voz,
Cegos de desejo, ávidos de loucura,
Solta-se o beijo, com tanta ternura.
E nesse roçar de coxas e joelhos que tremem,
Há vozes misturadas e gritos que gemem.
Sexos colados, rolam pela cama,
Corpos suados, acesos pela chama.
Finalmente exaustos, separam-se calmamente
Acenam um adeus... ao coração que mente.
Vera Silva

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sedenta de ti

Desejo-te… sem te ter…

Toco-te… sem te tocar…

Beijo-te… sem te beijar…

Sinto o teu corpo… sem te ver…

Enlouqueces-me…

Sinto sede de ti…

(Afrodit)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lambe-me


beijaste-me os seios...
apertaste-os docemente nas tuas mãos...
mordeste-me os bicos...
a excitação começava a sentir-se entre as minhas pernas...
passaste a mão pelo meu sexo...
estava húmido...
beijaste-me a pele desde o peito
descendo pela barriga
até chegares à minha rata...
beijaste-a...
passaste a língua no clítoris...
estava duro...
acariciaste-o vagarosamente...
lambias a minha humidade
ao mesmo tempo que penetraste os teus dedos dentro de mim...
que bom que era sentir os teus dedos a mexerem-se no meu interior...
e a tua língua a deliciar-se no meu clítoris...
pedi-te para não parares...
tu acedeste ao meu pedido e ainda aumentaste um pouco o ritmo...
ouvias os meus gemidos com prazer...
e o prazer invadia-me o corpo todo...
vim-me na tua boca...
é tão bom depois dum orgasmo, beijares-me o sexo...

Someone else

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vem depressa

Vem depressa
Apagar-me este fogo
Que me queima,
Entontece,
E me faz ficar louca
De desejo,
Querendo-te aqui,
Nos lugares mais secretos
Do meu corpo
Ardente…

Quente e húmida,
Pulsando,
Ardendo
Louca por ti…

Vem depressa
E entra em mim,
Macho forte e erecto,
Com o vigor
Que me faz gemer
O teu nome,
E gritar por mais,
E querendo-te mais
E mais fundo.

Agarra-me os seios,
Como se fossem parte
Da tua carne.
Beija-me,
Lambe-me,
Toma-me o gosto
E toma-me por inteiro.

Vem depressa…
Estou quente, húmida
E louca…
Muito louca
Por ti!

(anónimo)

sábado, 11 de outubro de 2008

Encontro

Teria sido boa ideia convidá-lo para jantar lá em casa? Era tarde demais para arrependimentos, porque o som da campainha ecoou na sala e, passado dois minutos ele estava á sua frente, com uma garrafa de vinho numa mão, um ramo de flores noutra e um sorriso lindo que iluminava ainda mais o brilho daqueles olhos cor de amêndoa. Os lábios dele pousaram nos seus lábios, suavemente deixando o gosto de continuar. Atrapalhada, ela segurou nas flores entre as mãos e convidou-o a entrar. Foi então que tudo se passou mais depressa do que podia alguma vez pensar. Os lábios procuraram-se para um beijo que lhes roubou o fôlego húmido, intenso profundo… Deram por si no meio da sala, abraçados, até que se deixaram cair no tapete felpudo dela e rebolaram um sobre o outro como dois animais com o cio. Despiram-se um ao outro vagarosamente entre carícias prolongando o desejo que sentiam. Ele acariciou com as mãos os seios redondos, em beijos suaves, desbravou os mamilos rosados que enrijeceram a esse contacto. Todo o corpo dela tremia, porque cada toque dele era certo e transformava o momento numa sintonia perfeita. Ambos estavam nus deitados sobre o tapete, e ele descia até acariciar a discreta pelugem entre pernas, em que mergulhou a língua, voraz e urgente, até lhe proporcionar um orgasmo intenso, que fez estremecer cada célula do seu corpo. Depois ela entre as contracções e o desejo incontornável agarrou o pénis perfeitamente erecto, que entrou dentro dela, mexendo-se com paixão, dando-lhe um prazer que não julgar existir. Por fim, entregaram-se ambos a reverberações de uma volúpia sem limites, num poderoso orgasmo. Ela reclinou-se sobre ele e perguntou baixinho:”Vamos jantar”? Ele olhou-a com paixão continuando os jogos de sedução. Dando largas à imaginação e cegos de paixão renderam-se aos desejos da carne.

Isa

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Leva-me contigo

Leva-me contigo.
Deixa-me ficar ao teu lado
Sentir-te junto a mim
Como se fossemos um só
Sigo-te docemente com o olhar
E toco-te o corpo másculo
Inteiro, completo,
Apenas com o pensamento
Que me aquece e embala
Em gestos só meus.

Quero-te aqui,
Junto de mim,
Dentro de mim…
Gritando gemidos.
Possui-me!
Deixa-me possuir-te!
Faz-me sentir mulher.
Quero partilhar contigo
Sentimentos, sentidos, prazer.
Vou… contigo!
E(u)rótica

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Gozo final

Deixa-me passear com a boca em teus seios,
mordiscar tão vivos mamilos,
te beijar com vontade
e ser o mestre de teus desejos

deixa-me
te sugar inteira
provar do doce mel
que derramas entre tuas pernas
te deixo assim ensopada
de louco desejo
assim alucinada

deixa teu corpo no meu colar
em um vai e vem acelerado
nossos corpos, de amor, suados
e juntos ao fim do mundo
chegamos, satisfeitos e gozados

amor intenso e e sexo molhado
assim nos encontramos
de amor e prazer esgotados
mas juntos chegamos ao gozo
somos dois apaixonados

Delonir

domingo, 5 de outubro de 2008

Tens fome?

- Tens fome?
- Deus, e como!
- Que bom. Também estou a morrer de fome. – Então saltou, agarrando-se a ele e enlaçando as pernas em volta da sua cintura, enquanto esmagava a boca contra a dele.
Ele desequilibrou-se e deu dois passos desajeitados para trás. Todos os pensamentos racionais pareceram derreter-se e escorreram-lhe do cérebro, saindo pelas orelhas.
- Sexo agora… - disse ela, já com a respiração ofegante, enquanto corria os lábios por todo o rosto dele e lhe mordia o pescoço - Está bem para ti assim?
- Excelente! – Ele cambaleou em direcção ao quarto, conseguindo chegar só até à entrada, antes de ter de se apoiar no batente da porta. – Espera só… até eu… - mudou o ângulo do beijo, penetrando mais fundo dentro da sua boca, quando ouviu o gemido dela responder ao seu como um eco.
- Estou sempre a sentir o teu sabor. Isso deixa-me louco.
- A mim também. Quero-te nu. – E começou a puxar-lhe a camisa.
- Espera. Mais devagar!
- Porquê? – Rindo, ela fazia coisas torturantes com a língua na orelha dele.
- Porque sim… Meu Deus. Porque já fantasio com este momento há tanto tempo – os dedos dele apertaram as costelas dela enquanto ambos se aproximavam da cama – parece que já passaram séculos. Não quero fazer tudo a correr. – Conseguiu agarrar um punhado de cabelos dela, puxando-lhe a cabeça um pouco para trás até os seus olhos se encontrarem.
- Quero saborear-te. Quero… Quero que passem anos até acabar de fazer amor contigo. Até acabar de te tocar, por toda a parte. Até acabar de sentir o teu sabor.
- Estou a gostar do que propões… - Ela tremeu o corpo sob o dele.
Ele seguiu com a ponta dos dedos a linha exposta da barriga dela no momento em que lhe puxou a camisa para cima. E baixou a cabeça de repente, para, no último instante, mudar o ângulo, de forma a que os seus lábios ficassem a roçar sobre o maxilar inferior dela.
Ele queria-a mole, fraca, estupefacta de tanto prazer.
Ela jamais conhecera outro homem que acendesse tantas fogueiras interiores apenas com os movimentos da boca.
Quando libertou as mãos dele, sentiu os braços ficarem soltos e pesados. Conseguindo levantá-los, arrancou-lhe os óculos e trouxe novamente a boca dele até à sua.
Ele tocava-a agora num deslizar de dedos, enquanto lhe despia a camisola, subindo um centímetro de cada vez. Uma jornada preguiçosa por cima dos seus seios, pela borda do sutiã e depois a dança excitante dos dedos a trabalhar no fecho.
Enquanto isso, ela tirava-lhe a camisa, deixando as mãos passearem sobre o seu corpo em retribuição.
Então a sua boca desceu sobre a dela, arrancando um suave murmúrio de prazer.
Sentindo-se sem peso, ela deixou-se flutuar no beijo.
Trepidou levemente numa antecipação de prazer ao sentir a língua dele escorregar levemente pelo lado do seu pescoço. E gemeu quando a mesma língua mergulhou sob a camada de algodão para brincar com o seu mamilo.
Então gritou, arqueando o corpo indefesa, enquanto a boca dele lhe cobra, quente e faminta, toda a superfície do seio. Lutando por um pouco de ar, tentou encontrar um equilíbrio que não veio. Os seus dedos enterraram-se nos lençóis, tentando agarrá-los, enquanto todos os sistemas do seu corpo se precipitaram num mergulho no abismo que separava o contentamento supremo do desespero.
Era como abrir a porta duma fornalha. Um homem era capaz de ser consumido por todo aquele calor. Mesmo assim suplicou por mais. Desapertou o sutiã e encontrou carne quente e carente. Sentiu-a movimentar-se debaixo de si, nuvens de tempestade unindo-se para formar uma massa eléctrica potente, e tremeu diante do seu grito estrangulado de libertação. Quando a sentiu ficar mole novamente sob os seus braços, voltou a mergulhar sobre ela, sobre as linhas esbeltas e firmes de um corpo de mulher, disciplinado e forte. Ângulos e curvas, reentrâncias e linhas lindas, adoráveis. Ele queria engoli-las, explorá-las, absorvê-las.
E o sabor dela foi ficando mais forte, mais quente, mais penetrante. Até que ele se perguntou como conseguira sobreviver sem sentir aquilo.
Estava perdida. Jamais se sentira tão indefesa. Jamais tinha sido levada com uma paciência tão implacável. Ele possuía-a por completo e havia uma enorme excitação nisso; em saber que ela o deixaria fazer qualquer coisa que quisesse; e em saber que ela iria adorar qualquer coisa que fizesse.
A pele dela estava húmida, quente. Extasiada, puxou-o, abriu-se a ele, ofereceu-se com uma liberdade que jamais sentira por outro homem.
Todos os movimentos pareciam-lhe agora impossivelmente lentos, como se os dois flutuassem sobre a água. O corpo dele tremeu e pulsou por ela e o seu coração disparou. Ela sentiu a tensão crescente dos músculos dele por baixo das suas mãos.
Quando os seus sentidos estavam plenos dela, do seu cheiro, do seu sabor e da sua textura, ele elevou-se sobre ela e esperou. Esperou até que aqueles olhos, agora nublados de prazer, se abrissem.
E mergulhou dentro dela. Fundo e mais fundo.
Tomou-a em longos e compassados arremessos, até a respiração dela começar a falhar e o seu sangue pulsar. Observou a pulsação latejante na maravilhosa linha da sua garganta no momento em que a viu sentir uma nova e arrebatadora onda de prazer.
Como que enfeitiçada, ela ergueu-se com ele, caiu com ele e sentiu a impossível necessidade crescer dentro de si novamente.
- Vem comigo… - apertou-lhe os quadris, gemendo ao sentir-se arrastada para o êxtase total uma vez mais.
Ele já estava com ela. O seu mundo pareceu trepidar. Enterrando o rosto na escuridão do emaranhado dos cabelos dela, deixou-se perder.

Ela sentiu-se perfeita. Sexo, decidiu ela, era a mais potente de todas as drogas.

Nora Roberts

sábado, 4 de outubro de 2008

Amantes

Posso sentir tuas mãos,
delineando meu corpo.
Ao mesmo tempo em
que me observo desnuda
e carente de seu afecto.
Minha pele se exalta,
ao simples fato de
imaginá-lo colado
e suado adentrando em
meus devaneios sem fim.
Respiro o teu perfume
por sobre a nuca e viajo
além das estrelas cadentes
e reluzentes de amantes
ávidos por se entregar.
O beijo é profundo,
espontâneo e fecundo
que desperta em segundos,
o sexo selvagem que
alimento por ti.
Ouço os teus gemidos,
teus desejos sentidos
por me possuir.
A poesia de amores
se faz presente,
e juntos latentes
gozamos enfim.

Izabel Silveira

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser.
É alta, de um louro escuro,
faz bem só pensar em ver
seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem
(se ela estivesse deitada)
dois montinhos que amanhecem
sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco
assenta em palmo espalhado
sobre a saliência do flanco
do seu relevo tapado

Apetece como um barco.
Tem qualquer coisa de gnomo.
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Poderia ser assim...

Poderia ser assim? Perguntava-se. Poderia ele estar certo?
Ela nunca lhe dera verdadeiramente desconto. A ideia tinha-a ajudado a atravessar muitos momentos difíceis. Mas sentada aqui, agora, parecia testar a teoria de que estavam destinados a ser sempre separados. A menos que as estrelas tivessem mudado desde a última vez que tinham estado juntos.
E talvez tivessem, mas ela não queria olhar. Em vez disso, inclinou-se para ele e sentiu o calor entre ambos, sentiu o corpo dele, sentiu o braço apertado em torno de si. E o corpo dela começou a tremer com a mesma antecipação que sentira na primeira vez que tinham estado juntos.
Sentia que estava muito certo estar aqui. Tudo sentia a certo.
O fogo, as bebidas, a tempestade – nada poderia ser mais perfeito.
Cederam então a tudo aquilo contra o que tinham lutado. Ela levantou a cabeça do ombro dele, olhou-o com os olhos desfocados e ele beijo-a suavemente nos lábios. Ela levou a mão à cara dele e tocou-lhe a face, aflorando-a docemente com os dedos. Ele inclinou-se lentamente e beijou-a de novo, ainda doce e terno e ela retribuiu.
Ela fechou os olhos e afastou os lábios enquanto ele fazia os dedos correr acima e abaixo dos seus braços, lentamente, levemente. Beijou-lhe o pescoço, a cara, as pestanas, e ela sentiu a humidade da boca dele permanecer onde os lábios tinham tocado. Pegou na mão dele e conduziu-a para os seis, e um soluço nasceu-lhe na garganta quando ele lhes tocou, delicadamente, através do tecido da camisa.
O mundo parecia de sonho quando se afastou dele, a luz do fogo tornando-lhe a cara em brasa. Sem falar, começou a desabotoar-lhe os botões da camisa. Ele observava-a a fazê-lo e escutava-lhe a respiração doce enquanto abria caminho para baixo. Com cada botão sentia os dedos dela a aflorar-lhe a pele, e ela ficou a sorrir-lhe docemente quando, por fim, acabou. Ele sentiu-a enfiar as mãos por dentro, tocando-o o mais levemente possível, e deixou que as mãos dela lhe explorassem o corpo. Estava quente, e ela passou-lhas pelo peito ligeiramente húmido, sentindo-lhe a penugem entre os dedos. Inclinando-se, beijou-lhe docemente o pescoço enquanto lhe despia a camisa dos ombros, prendendo-lhe os braços atrás das costas. Levantou a cabeça e deixou que ele a beijasse enquanto movia os ombros para se libertar das mangas.
Depois disso, lentamente, ele procurou-a. Subiu-lhe a camisa e passou os dedos lentamente através da barriga antes de lhe levantar os braços e a fazer escorregar. Ela sentiu faltar-lhe o ar quando ele baixou a cabeça e a beijou entre os seis e lentamente fez a língua subir até ao pescoço. As mãos dele acariciavam-lhe as costas, os braços, os ombros, e sentiu os seus corpos quentes encostarem-se um ao outro, pele contra pele. Ele beijou-lhe o pescoço e mordiscou-a enquanto ela erguia as ancas e o deixava retirar a parte de baixo. Ela procurou o botão das calças de ganga, abriu-o e ficou a observar enquanto ele também as despia. Foi quase em câmara lenta que os seus corpos finalmente se reuniram, ambos a tremer com a memória do que uma vez tinham partilhado.
Ele correu a língua pelo pescoço dela enquanto as mãos se moviam sobre a pele quente e macia dos seios, pela barriga abaixo, para lá do umbigo, e de novo para cima.
Deitaram-se junto ao fogo, e o calor fazia o ar parecer espesso.
Ela arqueava ligeiramente as costas quando ele se lhe colocou por cima, num movimento fluido. Estava de gatas por cima dela, os joelhos a par das ancas. Ela levantou a cabeça e beijou-lhe o queixo e o pescoço, com a respiração ofegante, lambendo-lhe os ombros, e provando o suor que lhe pairava sobre a pele. Passou-lhe as mãos pelos cabelos enquanto ele se segurava por cima dela, os músculos dos braços duros da tensão. Com uma ligeira careta tentadora, ela puxou-o para mais perto, mas ele resistiu. Em vez disso, baixou-se e esfregou ligeiramente o seu peito contra o dela, e ela sentiu o seu corpo reagir com antecipação. Fê-lo lentamente, uma vez e outra, beijando todas as partes do corpo dela, escutando-a a lançar sons doces e soluçantes enquanto se movia por cima dela.
Continuou com isto até ela não aguentar mais, e, quando finalmente se uniram como um, ela gritou alto e enterrou-lhe os dedos nas costas. Escondeu a cara no pescoço dele e sentiu-o fundo dentro de si, sentiu-lhe a força e a delicadeza, sentiu-lhe os músculos e a alma. Movia-se ritmicamente contra ele, permitindo-lhe que a tomasse sempre que quisesse, a levasse para o lugar para o lugar em que tinha que estar.
Os corpos reflectiam todas as coisas dadas, todas as coisas roubadas, e ela era recompensada com a sensação de que não sabia existir.
E continuou outra vez e outra, a tinir pelo seu corpo e aquecendo-a, antes de, por fim, dar de si, e ela lutava com falta de ar enquanto tremia debaixo dele. Mas no momento em que acabara, outro principiara a construir-se, e começou a senti-los em longas sequências, uma logo atrás a outra. Na altura em que a chuva tinha acabado de cair e o Sol se tinha posto, o corpo dela estava exausto mas sem vontade de pôr fim ao prazer de ambos.
(Nicholas Sparks)