quarta-feira, 29 de abril de 2009

Carta Saudade da Rosa Genital ao Pénis Astro

Soltou-se uma limalha entre a boca e o sexo, bateram em mim duas pancadas truculentas que talharam minha Rosa Genital...
Abençoado Pénis, sofreguidão da tua fruta dourada que se roçava em parede contra parede com a minha pérola toda em ti afundada...
Pénis Astro...
Que desceu no arco das costas, da caverna onde garras se prendem ao meu sangue, porque meu corpo é uma gruta de onde saltam mastros brancos...
O círculo magnético entre as pernas na obscura pele compacta desceu fundamente e a minha testa fervente abismou com os dois pólos do (teu) mundo...
Respirar no buraco onde o ar se incendeia e as cobras fazem laços, naqueles sítios mais escuros onde irrompem os nus desejos cor de esperma... não...
(não corras tão depressa leite de ramas salgado)
... Numa torsão interna onde as mãos cruas ardem...
Saudades com o boca cheia de água,
Rosa Genital

(LuisaMargaridaRap)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Êxtase

No teu amor me encontrei,
No teu,
Meu corpo me achei...
Mulher, cheiro de amor...
Tu és sedução, vibração, um fervor.
Quero em você ficar...
Em teu corpo me realizar...
Beijos que completam, em bocas que se encontram...
Você é pura sedução...
A pele que incendeia no teu beijo...
Vou sugando esses teus lábios molhados desejados...
Uma busca constante...
Sussurros, gemidos delirantes, corpos ofegantes...
Um explodir em êxtase
Meu corpo te encontrou...
Buscou-te
Um desejo de amor...
Um desejo de pele...
Um desejo de encontro...
Um desejo de prazer...
Em você permanecer...
Amor, paixão ou sedução...
Eis aí a questão?
No teu corpo mulher, tu és minha vibração...
Profunda sedução
Homem e mulher
Realizam-se, nessa imersão...

(serfeliz)

sábado, 18 de abril de 2009

Aqui


Aqui,
No meu botão de rosa
Onde meus dedos
Escorregam devagar,
Suavemente,
Sentindo a humidade
Do meu corpo
Vertendo nas minhas coxas
Quentes,
Abertas em desalinho,
Desconcertadas
Pelos movimentos subtis
Da imaginação…

Aqui,
Onde me palpita o sangue
E me arde a boca
Que geme por tua presença
Nos confins da lembrança,
Deslizam com prazer
Os dedos,
Finos, seguros,
Finos, seguros,
Num prazer carnal,
Intimo,
Meu…

Aqui,
Onde a volúpia
Se transforma em deleite,
Onde a carne te pede
Que ocupes meu espaço,

Solto-me em espasmos,
Liberto o grito,
E o encontro acontece…

(Vera Sousa Silva)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fundo


Fundo…
Bem fundo me vejo
Em ti, profundo…

Desejo!

Fundo…
Meu corpo imerso em ti…

Fundo…
Nos fundimos sem dó
No desejo de sermos um só…
Nó!

(Octávio da Cunha)