quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sodoma


Arenosamente ...
... em mim se devora,
Oceânica...
... panteado na minha concava vulcânica...
Rasgo baldio,
Pluma acre,
Numa lira de fúria,
no agora, aqui deflora...
Frouxidão,
É sodoma parde,
(ebulição)
Onde levei pancada... (Arde)
Fui lambida á dentada!...

Rude cardo, volverde de ninguém,
Que permite gozar, numa estrofe,
No sentido, além...

Duas faces estagnadas,
num esgar sentido,
Gesticulando...
Apertando ...
A febre consome, se és,
Pervertido!
Noite que caí, na vagina,
(caminhos dilatam sem limites)
Fustiga-me, fustiga-me adrenalina

LuisaMargaridaRap

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sozinha


Você nua...
Deitada na cama
Sozinha, descoberta
Sob a prateada luz da lua
Que entrando
Junto com uma
Leve brisa,
Te refresca
E brilha Seios intumescidos
Desejos incontidos
Dedos em carinhos
No sexo retraído
Boca amante,
Desejosa, insinuante
Acaricia os bicos
Crispados, latejantes
Geme de prazer,
Sonha comigo
Estou com você...


Rickybar

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dois corpos nús


Toque nos meus joelhos
Me faca um pouco de cafune
E me passe todo seu calor
Pode beijar os meus pentelhos
Do jeito que você quiser
Eu não tenho nenhum pudor

Segure as minhas nádegas salientes
Use o seu dedo para um carinho
Ou a sua língua atrevida
E lhe abrirei as pernas indecentes
Para lhe oferecer o meu ninho
No desejo de ser possuída

Massajei-a os meus pés cansados
E beije os meus dedos perfumados
Que fazem parte do que lhe dou
Todo o meu corpo e tarado
Para ficar ao seu acoplado
Se preciso toda a noite, meu amor

Não ligue para os puritanos
Que são covardes hipócritas
Que desejam o mesmo que nos
Condenam-nos como devassos insanos
Mas atras de todas as portas
Fornicam e gemem quietos e a sós

Beba do meu leite molhado
Que fará bem a sua pele
E eu beberei do seu também
O amor vale tudo quando e sagrado
E aquele que o repele
Não pode jamais amar ninguém

Olhe como os espelhos
Refletem a beleza da copulação
De dois seres numa entrega
Dê-me todos os seus beijos
Seus lábios, e todo seu tesão
E mexe e mexe, porque a cama não quebra.

Goze livre, porque o gozo e divino
E aproveite este momento lindo
Vire os olhos que lhe dou as costas e peço mais
Somos só uma carne, dois corpos nus
Somos o amor quebrando todos os tabus
E gozando toda a merecida paz

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Momentos de luxúria e prazer


Hum, vibram faíscas no meu íntimo ardente
Uma dança de labaredas que estimulam o garanhão
Perante o teu despir sensual e entrega a quente
Do pecado da tua carne vulcânica ao meu tesão

Um toque de língua sem modéstia derrete meu peito
Sobre teu corpo excitado que desliza no meu arrepio
Embriagado de prazer pelo teu suspirar perfeito
Num gemido que soltas da tua boca com hálito de cio

Soltas o cabelo subindo e descendo sobre mim
Açoitando meu rosto com teus múltiplos orgasmos
E cravo minhas mãos no delírio do teu festim
Vaginal no nosso vai e vem sem cessarmos

A sensualidade que nossa volúpia esclarece
E sinto o calor de dentro de ti que expulsas louca
E penetro todo teu ser que em mim estremece
Nos gritos do teu sim de loucura em voz rouca

De almas dissolvidas num gozo de carícias
Partilhadas a fogo nesta maré de lua cheia
Uivando como um lobo faminto das tuas delícias
Que ateiam este tesão educado da nossa epopeia


(Henrique Fernandes)

domingo, 16 de novembro de 2008

Vem... sou tua


O meu corpo
Tem toque de veludo
Na entrega carnal
Dos afectos
E desejos incontidos
Que não escondo
Atrás de máscaras
De menina decente.

Sou mulher,
Inteira, completa,
E quero-te
Ávido de mim,
Sedento dos meus seios
E ansioso
Pelo roçar das minhas coxas
Que se abrem para te receber.

Completa-me e mistura-te
Com os fluidos lascivos
Que se unificam
Em matéria
Que anseio receber
Dentro de mim…

Vem…
Sou tua!


Vera Silva

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mostra-me


- Falamos tudo o que quiseres – prometeu ele – depois de eu te mostrar tudo aquilo que tenho andado a pensar em fazer-te o dia todo.
A língua dele secou quando ela fez escorregar a blusa. Esta noite, ela usava seda por baixo, seda escura e perigosa que mergulhava decotadamente de forma provocante na curva dos seus seios e depois descaia para luzir debaixo do cós da saia.
- Quero ver o resto – conseguiu dizer, abrindo o fecho de correr.
- Mostra-me – disse ela – mostra-me o que é que pensaste em fazer-me – Esmagou a boca contra a dele, insuportavelmente ansiosa. – Depois faz mais.
Ele podia tê-la comido viva, tê-la consumido centímetro a centímetro e depois ter uivado à Lua como um lobo raivoso.
Então mostrou-lhe, atacando-lhe a boca, deixando as suas mãos vaguearem com a pressa que lhes apetecia. Os sons da garganta dela tornaram-se mais fortes, mais selvagens. Sentiu os dentes dela a mordiscarem e a puxarem-lhe o lábio, levou os seus à garganta dela para devorar a curva de seda aveludada.
Ela já estava húmida quando ele a envolveu. Se a puxasse para cima, implacavelmente, se o gemido dela se transformasse em algo mais próximo de um grito, ele estaria demasiado descontrolado para parar.
As pernas dela afivelaram-se simplesmente. Ela sentiu-se a cair, sentiu a almofada do corpo dele debaixo do seu, depois o seu peso quando ele rebolou.
A boca dele estava em toda a parte, chupando gloriosamente através da seda, depois por baixo dela. As suas mãos estavam excepcionalmente rápidas, alisando de um lado, e agarrando do outro. As dela não estavam menos apressadas, procurando carne, descobrindo, explorando.
Ela arrancou e puxou-lhe o botão das calças, murmurando promessas e súplicas enquanto lutavam sobre o cobertor.
Ofegando, ela afastou-lhe as pernas, depois, num gesto rápido como um relâmpago, que lhe toldou os sentidos, puxou-o para si.
Enquanto a espantosa e violenta glória do acto o trespassava, viu-a arquear-se para trás. O corpo dela era sinuoso e macio, o seu cabelo uma enxurrada de seda, o seu rosto uma escultura de puro triunfo e prazeres carnais.
Enfeitiçado, esticou-se, encontrou os seus seios e observou as aos a fecharem-se neles. Sentiu o peso, a quente pressão dos seus mamilos, a batida selvagem do seu coração.
Do dele, pensou vagamente enquanto o seu corpo estremecia de insuportável desejo.
O sangue começou a ferver-lhe no tronco, na cabeça e ele tinha certeza que ia explodir.
Viu os braços dela a levantarem-se, a erguerem-se como os de uma bruxa em direcção ao céu. Os movimentos dela aceleraram. Depois a mente dele confundiu-se e o seu corpo entrou em erupção, esvaziando-se dentro dela.
Num gemido longo e estremecido, ela deslizou para baixo dele. Havia visões a dançar na sua cabeça, esbatidas.


(Nora Roberts)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Prazer no amor


Nossos corpos se tocam
sedentos de amor,
Tua mão desliza suave
entre minhas pernas,
os lábios se tocam
num beijo húmido
cheio de calor...
Tua língua percorre
meus seios endurecidos
de tanto amor...
Beijo teu corpo
deslizando no prazer
sinto teu sabor
chocolate...mel...
Sentada em teu colo
respiro ofegante em teu ouvido...
juntos em gemidos de prazer,
trocamos carícias
em dois corpos amantes.


(Ana Coelho)

domingo, 9 de novembro de 2008

Desejo


Diante de mim

o seu corpo

belo

firme

quase nu

com cheiro

de mar

e de amor.

Diante dele

o meu querer

o meu desejo

intenso

inteiro

integral

indescritível

de tocar

cheirar

sentir

aquele corpo

aquele homem

aquele amigo

desejo.


(Stela Fonseca)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nua em bolero


Quando te despes
Ao som deste bolero
Meus olhos famintos
Fuzilam-te com esmero.
Posso sentir a ardência
Do teu corpo provocante
E que corpo gata!
Assim, no ritmo da música,
Tire tudo, tudinho,
Bem devagar, dançando,
Assim, aos pouquinhos,
Do jeito que eu gosto.
Sei que adora
Ver minha reacção.
Sei que gosta,
De me deixar com tesão.
Tire o vestido branco,
Jogue pro lado, isso, vai.
Uall!!!
Dance, não pare.
Agora se desfaça do sutiã,
Com calma, assim, genial.
No som desse bolero
Os seios despontam,
Saltam cadenciados.
Aumento o som.
Chame tuas mãos
Pra dançarem com você,
Como sabe,
Que é assim que gosto?
Adivinhou,
Leu meus pensamentos?
Sensação de déjà vu.
Até parece que já vi este filme!
Sente na cadeira
Alise as coxas, tire as meias,
Sinta como escorregam pelas pernas,
Isso, sem pressa.
Temos todo tempo do mundo!
Virou-se, me deu as costas
Nessa coreografia de desprezo,
Como se não se importasse comigo.
Show de tanguinha vermelha
Que mau te cobre a bundinha
Que quase somem entre as pernas
Deixando a mostra os glúteos
E as linhas curvilíneas
De tuas polpinhas.
Uall, é agora!
Vai tirar a calcinha?
Compassadamente
Vai se livrando dela.
Como águas que caem na cachoeira,
Ela desliza suavemente pelas pernas,
Abandonando-te, deixando teu corpo
Completamente nu.
Tuas ancas, tua bunda,
São a própria música,
Me cortejam, me chamam,
Em derreados fortes,
Vibrantes, nos acordes.
Que doce tortura mulher!
Vem pra mim, assim,
Melodiosas costas e quadris
Em ondulações febris.
Olha, ta chegando perto,
Meu corpo fica esperto
Quero te pegar, é proibido.
Será que eu consigo?
Lentamente vai se virando,
Revelando o mais desejado,
Teu sexo quente e molhado
Que esfrega no meu rosto,

Em busca dos meus beijos safados!


(Rickybar)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nunca tinha sido assim


Ele sorria enquanto lhe envolvia o rosto ternamente com as suas mãos e a beijava. Ele trataria de tudo, dando-lhe tanto o seu coração como o seu corpo. E possuindo o dela. Portanto as suas mãos estavam macias, à vontade, enquanto lhe tocava – nos ombros, nas costas, pelo cabelo, enquanto a sua boca a persuadia pacientemente a dar-lhe mais. A aceitar mais. Só um pouco mais.
Ela ainda tremia, mesmo enquanto o seu corpo se inclinava mais genuinamente contra o dele, enquanto o som do prazer silencioso saia em suspiro dos seus lábios, e depois dos dele.
Um murmúrio de surpresa e desejo caiu em lamúria da garganta dela enquanto ele a beijava novamente, com as mãos no seu rosto e os dedos a percorrê-lo.
O seu fôlego preso libertou-se tremulamente quando os dedos dele pousaram no botão de cima da sua camisa. Lentamente, ele abriu-lhe a camisa, esticou-a e colocou a palma da mão contra o coração dela.
- Pensei em tocar-te. Em como seria o toque da tua pele. E o sabor. E o cheiro. – Olhando para ela, fez escorregar a camisa dos seus ombros.
Os olhos dele ficaram com ar solene quando ele percorreu a curva descendente do soutien dela com a ponta do dedo, voltando depois a subir. Sabia que ela seria macia. Mas a forma como a sua pele tremia com o seu mais leve toque, a forma como a sua cabeça como a sua cabeça descaia em rendição aturdida, acrescentava doçura ao desejo.
Por isso não possuiu – embora já pudesse sentir a forma como os seios dela se arredondavam, pequenos e firmes nas suas mãos. Ao invés, inclinou a cabeça e tomou-lhe de novo a boca. Os sabores obscuros e potentes invadiram-lhe o corpo, insinuando sabores mais quentes e mais íntimos.
- Quero… - as mãos dela tremiam enquanto lhe apertava a camisa. Acalmou-se ao olhar para os olhos dele. – Quero-te mais do que alguma vez imaginei – desabotoou-lhe a camisa, esticando-se para a puxar dos ombros. Depois baixou o olhar.
Experimentou espalhar as mãos pelo peito dele, onde a pele era macia, e a batida do coração dele disparou.
Depois, o dela saltou-lhe para a boca quando ele lhe desapertou o cós das calças, Enfeitiçada, sentiu-o a pegar-lhe na mão, balançando-a enquanto ela se libertava das calças.
- Deita-te comigo – murmurou ele – vem deitar-te comigo.
Ele deitou-a no cobertor e capturou-lhe a boca.
Tocou-lhe com uma ternura assustadora, moldando-lhe os seios, dando a si próprio o prazer doloroso de deslizar por debaixo do algodão para testar e provocar. Precisava do sabor que o tentava ao longo da garganta dela, sobre os seus ombros. Quando a sua língua deslizou, como haviam feito os seus dedos, por debaixo do material para humedecer o seu mamilo, ela arqueou-se. Ele abriu o fecho dianteiro do soutien e levou-a, sedosamente, à boca.
Atormentada, extasiada, apertou-o mais perto. Por debaixo dele, os movimentos eram frenéticos, descarados. Ele estava a desmanchá-la, com língua e dentes e lábios, obrigando-a a implorar com palavras atabalhoadas e ofegantes. O clímax sólido e agitado deixou-a a estremecer, a estremecer até se deixar cair frouxamente para trás.
Nunca ninguém a tinha feito sentir tanto.
Com um gemido ele pressionou os lábios contra a sua carne, deixando a mão vaguear agora mais por baixo, sobre a curva da sua cintura e ancas. A boca dele deslizava pelas suas costelas. – Meu Deus, o que é que estás a fazer?
- A dar-te prazer – e tencionava fazer-lhe mais coisas, tinha de fazer-lhe mais. A necessidade aumentava dolorosamente dentro dele, todo aquele sangue quente e a luxúria violenta que ele sabia que não conseguiria acorrentar durante muito tempo. Puxou-lhe as cuecas e mordiscou – A dar-me prazer.
O corpo dela era um tesouro de delícias obscuras que ele tencionava explorar totalmente. Mas o tempo de lazer passara. Já ávido, possuiu-a, deliciando-se nos seus movimentos agitados, nos seus arquejos e gritos.
Ele queria-a assim, indefesamente sua, agarrando-se enquanto ele a deixava implacavelmente em brasa. E quando ela se contorceu, molhada e selvagem, ainda não era suficiente.
Ele arrancou as calças de ganga enquanto levava a boca numa viagem alucinante pelo tronco dela acima, pelos seus seios palpitantes e de volta aos seus lábios trementes.
Ela arqueou-se apressadamente contra ele, depois entesourou-o com força com as suas pernas.
Então, gritou em triunfo quando ele a penetrou com força e profundamente. O orgasmo percorreu-a como uma onda de lava, deixando-a abalada e a escaldar.
As suas mãos deslizaram frouxamente das costas dele. Sentiu-o a enrolar-se, depois a estremecer e então a deixar cair o seu peso sobre ela.
Ela estava a tremer de novo, ou ainda, pequenas explosões que ele sabia serem as réplicas de bom sexo.
- Provavelmente vais ficar todo convencido quando te disser isto – disse ela – mas nunca ninguém me fez sentir assim.


(Nora Roberts)

domingo, 2 de novembro de 2008

Um beijo


Jantar, recordou-se. Era apenas jantar.
– Está bem, eu vou – disse ela.
- Ainda bem – com uma mão ainda a agarrar na dela, ele agarrou-lhe na nuca e aproximou-a de si. Já estava a ficar nervosa, quando se lembrou de levar uma mão em protesto ao seu peito.
- Só te vou beijar – murmurou
Não havia “só” nenhum naquilo. Os olhos dele permaneciam abertos, alerta, vigorosos e postos nos dela enquanto a sua boca descia. Foram a última coisa que ela viu, aquele azul vivo, impressionante, antes de ficar cega, surda e muda.
No início, pouco mais foi do que um vestígio de um toque, um leve roçar de boca na boca. Ele estava a segurá-la como se fossem deslizar numa dança a qualquer instante. Ela achou que era capaz de balançar, de tão suave e doce que era aquele primeiro encontro de lábios.
Depois deixaram os dela, surpreendendo-lhe a saída de um suspiro à medida que ela retirava a sua boca numa viagem lenta e luxuriosa do seu rosto. A exploração silenciosa – as suas bochechas, as têmporas, as pestanas – enfraqueceu-lhe os joelhos. O tremor teve início aí e ascendeu, de maneira que ela estava sem fôlego quando a boca dele cobriu a sua uma segunda vez.
Agora de forma mais profunda, mais lenta. Os lábios dela separaram-se, e as boas-vindas ecoaram na sua garganta. A sua mão deslizou pelo ombro dele acima, prendeu-o e depois ficou frouxa.
Ela era tudo o que ele quisera. Tê-la assim nos braços, sentir o seu tremor com a mesma necessidade que o abalava por dentro era mais que glorioso. A sua boca parecia concebida para se combinar com a dele, e os sabres que ele lá encontrou eram obscuros, misteriosos e maduros.
Conseguia perceber como iria ser, sentir como iria ser, deitar-se na erva quente com ela, prendê-la debaixo dele, corpo com corpo e carne com carne. Como ela se iria mover debaixo dele e contra ele, desejosa, ansiosa e fluida. E, por fim, finalmente por fim, enterrar-se dentro dela.
Mas desta vez a sua boca era o suficiente. Deixou-se demorar e saborear e possuir, afastando-se suavemente e com a promessa de mais.
(Nora Roberts)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Como te desejo


Teu corpo belo...amor

Tua boca, teus seios

Tuas coxas, tuas ancas…

Toda tu

Te entregas num longo

E profundo prazer

Ao meu corpo ávido

De te possuir

Fazes explodir em mim…

O prazer indescritível

Da paixão

A ânsia de te ter

De te amar…

De fundir nossas bocas

Nossos beijos…

Nossos corpos…

Nosso sexo…

Como te amo meu amor….

Como te desejo.


Mário Margaride

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ABC Erótico


Abre-te!
Beija-me!
Cobre-me!

Amar-te é volúpia
Brincar é malícia
Carícia é pingo de mel.

Ai!
Basta!
Cala-te!

Abraço-te, queres?
Belisco-te, gostas?
Colo-me a ti, einh?

Ah!
Biscoito
Crocante!

Às nuvens subi
Bebendo o teu néctar
Crescendo-me em ti!

Ata-me!
Bebe-me!
Come-me!

Agora imparável
Brutalmente bom

Cada vez melhor!

(Noel Ferreira)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Encontro Explicito

Ele esperava-a, ela nervosa caminhou na sua direcção, só o toque no braço a fez estremecer, em conversa de ocasião, perguntou-lhe provavelmente se a viagem tinha sido boa, a resposta nem a ouviu, seguia á frente dele dando um ar de aparente normalidade, conseguia sentir a presença dele, o cheiro e ele atrás dela…a porta fechou-se (tinha as palmas das mãos húmidas), olhou-o bem nos olhos, ele agarrou-a, encostou-a contra a parede, beijou-a com uma intensidade que ela desconhecia existir, as mãos percorriam-lhe o corpo todo, como se ele lhe pertencesse, a forma como lhe abocanhou ao seios e lhe meteu os dedos no ventre e a fez gemer de delírio…decididamente aquele homem descontrolava-a, a destreza com que lhe arrancava gemidos da boca e lhe fazia o corpo tremer…o orgasmo surgiu praticamente do nada, as bocas juntas, as línguas, o olhar, tudo emanava tesão… quando ele lhe meteu o membro na mão foi com naturalidade que o agarrou e o manipulou, cuspiu na mão e viu nos olhos dele…baixou-se e acarinhou-o, chupando avidamente, sentir-lhe o membro teso excitou-a ainda mais…. Ele de pé olhava-a, apreciava o espectáculo da mulher que ama, sugando-o, uma das mãos a segurá-lo nas nádegas, a outra premente rodeando o falo, formando um segundo anel junto com a boca que se fechava em volta da glande, a língua traçou círculos em volta, desceu...saboreou-lhe os testículos...voltou a subir, subida que se afigurou vertiginosa para ele, quando parou na trava e firmou-se, húmida, fremente levando-o a querer explodir Gemeu fundo. Funcionou como um tónico para ela que intensificou o movimento de vai vem sobre ele... Que rendido pediu para ela parar, segurou-a pelos braços, puxou-a si, as línguas procuraram-se urgentes, húmidas suplicantes. Ele meteu-lhe novamente a mão por dentro das calças, sentiu-lhe a humidade, sumarenta ela gemeu em súplica, os dedos arrebataram-lhe a vagina abrindo-a, violando-a, explorando-a, as ancas dela iam e vinham numa súplica constante - sou tua - disse ela enquanto se enroscava e apoiava nele á medida que o orgasmo lhe explodia no corpo arfante.
Sentaram-se nas cadeiras...Ele reparou então na sala, espartana de móveis, o verde dos cedros a reflectir na vidraça confundia-se com o verde dos olhos dela, puros de amor e dedicação, a pele leitosa levemente corada, o sorriso de satisfação ilumina-lhe o rosto e os lábios desenham um "amo-te" surdo, mas audível. Ele sentou-a no colo, reclinou-a sobre o seu corpo em espaldar, ela terna, macia, generosa, aconchegou-se, aproximou os lábios dos dele numa sede de ternura e aconchego, lânguida, provou-lhe a língua, desenhou-lhe os contornos dos lábios, ele insinuou a mão por baixo da camisola, soltou-lhe o seio, destapou-o, lambeu o botão enrijecendo-o entre os lábios, ela apertou as pernas...o gemido veio fundo, ele dedilhou-lhe o mamilo com força, sempre em movimentos circulares, as pernas intensificaram-se na fricção que vinha fazendo... Novamente, o corpo se retesou, de lábios colados, ele saboreou-lhe as sensações...
O carinho continuava a abençoar os dois corpos, em identidade total.
A conversa fluía numa tentativa de iludir a vontade de se entregarem de forma total, riam...Como se essa conversa fosse o objectivo primeiro...as mãos desmentiam o sentido da conversa, sempre no corpo do outro, sentindo, apalpando, premindo...
Ela disse-lhe: - quero-te de novo - num desafio que ele não podia já mais ignorar...
Levantou-se em frente dela, desapertou o fecho das calças, meteu a mão dentro dos boxers, puxou-o para fora, ela prontamente deitou-lhe a mão, descobriu-lhe a glande que ainda murcha tinha vestígios das carícias que lhe prodigalizara antes, ela lambeu esses resquícios, numa sede inaudita, queria-o assim, abocanhou-o todo dentro da sua boca gulosa, assim murcho ficou todo dentro, recuou, ela já sabia como o endurecer, o que ele queria, como queria, parecia que o conhecia desde sempre, - amo-te, meu amor - disse-lhe ele. Ela sugou-o novamente em vai e vem esticando-o na boca, premindo as bordas da glande... parou, olhou-o nos olhos numa súplica, ele beijou-a, sentindo o seu próprio sabor na boca dela, sentou-se, ela abocanhou-o de novo, esfomeada. Ele tentou pará-la de novo pouco convincente. Ela respondeu - vem amor, eu quero - como que adivinhando os desejos dele, ele recostou-se, ela apoiou as mãos nas coxas dele, o membro completamente teso na boca, sentindo a urgência dele a vir, os lábios formaram um torno em volta da haste recolhendo o néctar em golfadas, bebendo tudo como se de um elixir se tratasse. Recostado, a cabeça inclinada para trás, olhos fechados, sentia a volúpia invadi-lo, cada golfada que lhe oferecia era um soneto ao amor que ela ofertava. Quando abriu os olhos e se endireitou, bateu com os olhos no rosto dela, límpido, sorridente, feliz, amorosa - amo-te - disse-lhe ela reforçando o acto de amor que lhe ofereceu, beijaram-se com aquele sabor de sémen, deleitando-se com as sensações que se provocaram mutuamente.
Não há amor maior que a oferta de dois corpos que se amam.
Jaber

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vem

Vem
Não resistas
Não... hesites...
O meu corpo chama por ti
Sedutor...quente
Não resistas...
toca-me...
Vem..
Chupa-me
Entra em mim...
Aperta-me
Possui-me
Beija
Chupa
Mama
Aperta
Acaricia
Tu desejas... Eu quero
Eu quero... Tu desejas

(Flor de lis)

domingo, 19 de outubro de 2008

Gozo solitário


Tenho o seio agora fisgandando
A pele arrepiada
Pelo toque de minhas mãos
Penso em você
No momento não está aqui
E ainda assim
Faço sentir...
Acaricio meu corpo
Como gostaria que fizesse
No pensamento
Tudo que falamos
A tua voz
O teu sorriso
Isso tudo estimula, libido...

Dentro do meu corpo
Desejo alucinado por você
Apresentado por um líquido
Que teima em escorrer...

A vontade de ser tua
De em teus braços
Estar nua...
De que tome conta do meu corpo
E faça dele, palácio das delícias
Ser a toalha que me enxuga
Com grande malícia...

Sinto agora, que o gozo se aproxima
Gozo solitário
Aqui, dessa menina
Mas que no pensamento passeia
Inventando mil aventuras...
A sereia com seu tritão
Em doce paixão...


FátimaAbreu

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Cegos de desejo


Chegaste de surpresa, sem eu te ver,
Tapaste-me os olhos e com tanto querer
Beijaste-me o pescoço, com sofreguidão,
Soube quem eras pelo toque da mão.
Despidos e roupas, nus de nós,
Levamo-nos apenas pela nossa voz,
Cegos de desejo, ávidos de loucura,
Solta-se o beijo, com tanta ternura.
E nesse roçar de coxas e joelhos que tremem,
Há vozes misturadas e gritos que gemem.
Sexos colados, rolam pela cama,
Corpos suados, acesos pela chama.
Finalmente exaustos, separam-se calmamente
Acenam um adeus... ao coração que mente.
Vera Silva

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sedenta de ti

Desejo-te… sem te ter…

Toco-te… sem te tocar…

Beijo-te… sem te beijar…

Sinto o teu corpo… sem te ver…

Enlouqueces-me…

Sinto sede de ti…

(Afrodit)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lambe-me


beijaste-me os seios...
apertaste-os docemente nas tuas mãos...
mordeste-me os bicos...
a excitação começava a sentir-se entre as minhas pernas...
passaste a mão pelo meu sexo...
estava húmido...
beijaste-me a pele desde o peito
descendo pela barriga
até chegares à minha rata...
beijaste-a...
passaste a língua no clítoris...
estava duro...
acariciaste-o vagarosamente...
lambias a minha humidade
ao mesmo tempo que penetraste os teus dedos dentro de mim...
que bom que era sentir os teus dedos a mexerem-se no meu interior...
e a tua língua a deliciar-se no meu clítoris...
pedi-te para não parares...
tu acedeste ao meu pedido e ainda aumentaste um pouco o ritmo...
ouvias os meus gemidos com prazer...
e o prazer invadia-me o corpo todo...
vim-me na tua boca...
é tão bom depois dum orgasmo, beijares-me o sexo...

Someone else

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vem depressa

Vem depressa
Apagar-me este fogo
Que me queima,
Entontece,
E me faz ficar louca
De desejo,
Querendo-te aqui,
Nos lugares mais secretos
Do meu corpo
Ardente…

Quente e húmida,
Pulsando,
Ardendo
Louca por ti…

Vem depressa
E entra em mim,
Macho forte e erecto,
Com o vigor
Que me faz gemer
O teu nome,
E gritar por mais,
E querendo-te mais
E mais fundo.

Agarra-me os seios,
Como se fossem parte
Da tua carne.
Beija-me,
Lambe-me,
Toma-me o gosto
E toma-me por inteiro.

Vem depressa…
Estou quente, húmida
E louca…
Muito louca
Por ti!

(anónimo)

sábado, 11 de outubro de 2008

Encontro

Teria sido boa ideia convidá-lo para jantar lá em casa? Era tarde demais para arrependimentos, porque o som da campainha ecoou na sala e, passado dois minutos ele estava á sua frente, com uma garrafa de vinho numa mão, um ramo de flores noutra e um sorriso lindo que iluminava ainda mais o brilho daqueles olhos cor de amêndoa. Os lábios dele pousaram nos seus lábios, suavemente deixando o gosto de continuar. Atrapalhada, ela segurou nas flores entre as mãos e convidou-o a entrar. Foi então que tudo se passou mais depressa do que podia alguma vez pensar. Os lábios procuraram-se para um beijo que lhes roubou o fôlego húmido, intenso profundo… Deram por si no meio da sala, abraçados, até que se deixaram cair no tapete felpudo dela e rebolaram um sobre o outro como dois animais com o cio. Despiram-se um ao outro vagarosamente entre carícias prolongando o desejo que sentiam. Ele acariciou com as mãos os seios redondos, em beijos suaves, desbravou os mamilos rosados que enrijeceram a esse contacto. Todo o corpo dela tremia, porque cada toque dele era certo e transformava o momento numa sintonia perfeita. Ambos estavam nus deitados sobre o tapete, e ele descia até acariciar a discreta pelugem entre pernas, em que mergulhou a língua, voraz e urgente, até lhe proporcionar um orgasmo intenso, que fez estremecer cada célula do seu corpo. Depois ela entre as contracções e o desejo incontornável agarrou o pénis perfeitamente erecto, que entrou dentro dela, mexendo-se com paixão, dando-lhe um prazer que não julgar existir. Por fim, entregaram-se ambos a reverberações de uma volúpia sem limites, num poderoso orgasmo. Ela reclinou-se sobre ele e perguntou baixinho:”Vamos jantar”? Ele olhou-a com paixão continuando os jogos de sedução. Dando largas à imaginação e cegos de paixão renderam-se aos desejos da carne.

Isa

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Leva-me contigo

Leva-me contigo.
Deixa-me ficar ao teu lado
Sentir-te junto a mim
Como se fossemos um só
Sigo-te docemente com o olhar
E toco-te o corpo másculo
Inteiro, completo,
Apenas com o pensamento
Que me aquece e embala
Em gestos só meus.

Quero-te aqui,
Junto de mim,
Dentro de mim…
Gritando gemidos.
Possui-me!
Deixa-me possuir-te!
Faz-me sentir mulher.
Quero partilhar contigo
Sentimentos, sentidos, prazer.
Vou… contigo!
E(u)rótica

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Gozo final

Deixa-me passear com a boca em teus seios,
mordiscar tão vivos mamilos,
te beijar com vontade
e ser o mestre de teus desejos

deixa-me
te sugar inteira
provar do doce mel
que derramas entre tuas pernas
te deixo assim ensopada
de louco desejo
assim alucinada

deixa teu corpo no meu colar
em um vai e vem acelerado
nossos corpos, de amor, suados
e juntos ao fim do mundo
chegamos, satisfeitos e gozados

amor intenso e e sexo molhado
assim nos encontramos
de amor e prazer esgotados
mas juntos chegamos ao gozo
somos dois apaixonados

Delonir

domingo, 5 de outubro de 2008

Tens fome?

- Tens fome?
- Deus, e como!
- Que bom. Também estou a morrer de fome. – Então saltou, agarrando-se a ele e enlaçando as pernas em volta da sua cintura, enquanto esmagava a boca contra a dele.
Ele desequilibrou-se e deu dois passos desajeitados para trás. Todos os pensamentos racionais pareceram derreter-se e escorreram-lhe do cérebro, saindo pelas orelhas.
- Sexo agora… - disse ela, já com a respiração ofegante, enquanto corria os lábios por todo o rosto dele e lhe mordia o pescoço - Está bem para ti assim?
- Excelente! – Ele cambaleou em direcção ao quarto, conseguindo chegar só até à entrada, antes de ter de se apoiar no batente da porta. – Espera só… até eu… - mudou o ângulo do beijo, penetrando mais fundo dentro da sua boca, quando ouviu o gemido dela responder ao seu como um eco.
- Estou sempre a sentir o teu sabor. Isso deixa-me louco.
- A mim também. Quero-te nu. – E começou a puxar-lhe a camisa.
- Espera. Mais devagar!
- Porquê? – Rindo, ela fazia coisas torturantes com a língua na orelha dele.
- Porque sim… Meu Deus. Porque já fantasio com este momento há tanto tempo – os dedos dele apertaram as costelas dela enquanto ambos se aproximavam da cama – parece que já passaram séculos. Não quero fazer tudo a correr. – Conseguiu agarrar um punhado de cabelos dela, puxando-lhe a cabeça um pouco para trás até os seus olhos se encontrarem.
- Quero saborear-te. Quero… Quero que passem anos até acabar de fazer amor contigo. Até acabar de te tocar, por toda a parte. Até acabar de sentir o teu sabor.
- Estou a gostar do que propões… - Ela tremeu o corpo sob o dele.
Ele seguiu com a ponta dos dedos a linha exposta da barriga dela no momento em que lhe puxou a camisa para cima. E baixou a cabeça de repente, para, no último instante, mudar o ângulo, de forma a que os seus lábios ficassem a roçar sobre o maxilar inferior dela.
Ele queria-a mole, fraca, estupefacta de tanto prazer.
Ela jamais conhecera outro homem que acendesse tantas fogueiras interiores apenas com os movimentos da boca.
Quando libertou as mãos dele, sentiu os braços ficarem soltos e pesados. Conseguindo levantá-los, arrancou-lhe os óculos e trouxe novamente a boca dele até à sua.
Ele tocava-a agora num deslizar de dedos, enquanto lhe despia a camisola, subindo um centímetro de cada vez. Uma jornada preguiçosa por cima dos seus seios, pela borda do sutiã e depois a dança excitante dos dedos a trabalhar no fecho.
Enquanto isso, ela tirava-lhe a camisa, deixando as mãos passearem sobre o seu corpo em retribuição.
Então a sua boca desceu sobre a dela, arrancando um suave murmúrio de prazer.
Sentindo-se sem peso, ela deixou-se flutuar no beijo.
Trepidou levemente numa antecipação de prazer ao sentir a língua dele escorregar levemente pelo lado do seu pescoço. E gemeu quando a mesma língua mergulhou sob a camada de algodão para brincar com o seu mamilo.
Então gritou, arqueando o corpo indefesa, enquanto a boca dele lhe cobra, quente e faminta, toda a superfície do seio. Lutando por um pouco de ar, tentou encontrar um equilíbrio que não veio. Os seus dedos enterraram-se nos lençóis, tentando agarrá-los, enquanto todos os sistemas do seu corpo se precipitaram num mergulho no abismo que separava o contentamento supremo do desespero.
Era como abrir a porta duma fornalha. Um homem era capaz de ser consumido por todo aquele calor. Mesmo assim suplicou por mais. Desapertou o sutiã e encontrou carne quente e carente. Sentiu-a movimentar-se debaixo de si, nuvens de tempestade unindo-se para formar uma massa eléctrica potente, e tremeu diante do seu grito estrangulado de libertação. Quando a sentiu ficar mole novamente sob os seus braços, voltou a mergulhar sobre ela, sobre as linhas esbeltas e firmes de um corpo de mulher, disciplinado e forte. Ângulos e curvas, reentrâncias e linhas lindas, adoráveis. Ele queria engoli-las, explorá-las, absorvê-las.
E o sabor dela foi ficando mais forte, mais quente, mais penetrante. Até que ele se perguntou como conseguira sobreviver sem sentir aquilo.
Estava perdida. Jamais se sentira tão indefesa. Jamais tinha sido levada com uma paciência tão implacável. Ele possuía-a por completo e havia uma enorme excitação nisso; em saber que ela o deixaria fazer qualquer coisa que quisesse; e em saber que ela iria adorar qualquer coisa que fizesse.
A pele dela estava húmida, quente. Extasiada, puxou-o, abriu-se a ele, ofereceu-se com uma liberdade que jamais sentira por outro homem.
Todos os movimentos pareciam-lhe agora impossivelmente lentos, como se os dois flutuassem sobre a água. O corpo dele tremeu e pulsou por ela e o seu coração disparou. Ela sentiu a tensão crescente dos músculos dele por baixo das suas mãos.
Quando os seus sentidos estavam plenos dela, do seu cheiro, do seu sabor e da sua textura, ele elevou-se sobre ela e esperou. Esperou até que aqueles olhos, agora nublados de prazer, se abrissem.
E mergulhou dentro dela. Fundo e mais fundo.
Tomou-a em longos e compassados arremessos, até a respiração dela começar a falhar e o seu sangue pulsar. Observou a pulsação latejante na maravilhosa linha da sua garganta no momento em que a viu sentir uma nova e arrebatadora onda de prazer.
Como que enfeitiçada, ela ergueu-se com ele, caiu com ele e sentiu a impossível necessidade crescer dentro de si novamente.
- Vem comigo… - apertou-lhe os quadris, gemendo ao sentir-se arrastada para o êxtase total uma vez mais.
Ele já estava com ela. O seu mundo pareceu trepidar. Enterrando o rosto na escuridão do emaranhado dos cabelos dela, deixou-se perder.

Ela sentiu-se perfeita. Sexo, decidiu ela, era a mais potente de todas as drogas.

Nora Roberts

sábado, 4 de outubro de 2008

Amantes

Posso sentir tuas mãos,
delineando meu corpo.
Ao mesmo tempo em
que me observo desnuda
e carente de seu afecto.
Minha pele se exalta,
ao simples fato de
imaginá-lo colado
e suado adentrando em
meus devaneios sem fim.
Respiro o teu perfume
por sobre a nuca e viajo
além das estrelas cadentes
e reluzentes de amantes
ávidos por se entregar.
O beijo é profundo,
espontâneo e fecundo
que desperta em segundos,
o sexo selvagem que
alimento por ti.
Ouço os teus gemidos,
teus desejos sentidos
por me possuir.
A poesia de amores
se faz presente,
e juntos latentes
gozamos enfim.

Izabel Silveira

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser.
É alta, de um louro escuro,
faz bem só pensar em ver
seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem
(se ela estivesse deitada)
dois montinhos que amanhecem
sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco
assenta em palmo espalhado
sobre a saliência do flanco
do seu relevo tapado

Apetece como um barco.
Tem qualquer coisa de gnomo.
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Poderia ser assim...

Poderia ser assim? Perguntava-se. Poderia ele estar certo?
Ela nunca lhe dera verdadeiramente desconto. A ideia tinha-a ajudado a atravessar muitos momentos difíceis. Mas sentada aqui, agora, parecia testar a teoria de que estavam destinados a ser sempre separados. A menos que as estrelas tivessem mudado desde a última vez que tinham estado juntos.
E talvez tivessem, mas ela não queria olhar. Em vez disso, inclinou-se para ele e sentiu o calor entre ambos, sentiu o corpo dele, sentiu o braço apertado em torno de si. E o corpo dela começou a tremer com a mesma antecipação que sentira na primeira vez que tinham estado juntos.
Sentia que estava muito certo estar aqui. Tudo sentia a certo.
O fogo, as bebidas, a tempestade – nada poderia ser mais perfeito.
Cederam então a tudo aquilo contra o que tinham lutado. Ela levantou a cabeça do ombro dele, olhou-o com os olhos desfocados e ele beijo-a suavemente nos lábios. Ela levou a mão à cara dele e tocou-lhe a face, aflorando-a docemente com os dedos. Ele inclinou-se lentamente e beijou-a de novo, ainda doce e terno e ela retribuiu.
Ela fechou os olhos e afastou os lábios enquanto ele fazia os dedos correr acima e abaixo dos seus braços, lentamente, levemente. Beijou-lhe o pescoço, a cara, as pestanas, e ela sentiu a humidade da boca dele permanecer onde os lábios tinham tocado. Pegou na mão dele e conduziu-a para os seis, e um soluço nasceu-lhe na garganta quando ele lhes tocou, delicadamente, através do tecido da camisa.
O mundo parecia de sonho quando se afastou dele, a luz do fogo tornando-lhe a cara em brasa. Sem falar, começou a desabotoar-lhe os botões da camisa. Ele observava-a a fazê-lo e escutava-lhe a respiração doce enquanto abria caminho para baixo. Com cada botão sentia os dedos dela a aflorar-lhe a pele, e ela ficou a sorrir-lhe docemente quando, por fim, acabou. Ele sentiu-a enfiar as mãos por dentro, tocando-o o mais levemente possível, e deixou que as mãos dela lhe explorassem o corpo. Estava quente, e ela passou-lhas pelo peito ligeiramente húmido, sentindo-lhe a penugem entre os dedos. Inclinando-se, beijou-lhe docemente o pescoço enquanto lhe despia a camisa dos ombros, prendendo-lhe os braços atrás das costas. Levantou a cabeça e deixou que ele a beijasse enquanto movia os ombros para se libertar das mangas.
Depois disso, lentamente, ele procurou-a. Subiu-lhe a camisa e passou os dedos lentamente através da barriga antes de lhe levantar os braços e a fazer escorregar. Ela sentiu faltar-lhe o ar quando ele baixou a cabeça e a beijou entre os seis e lentamente fez a língua subir até ao pescoço. As mãos dele acariciavam-lhe as costas, os braços, os ombros, e sentiu os seus corpos quentes encostarem-se um ao outro, pele contra pele. Ele beijou-lhe o pescoço e mordiscou-a enquanto ela erguia as ancas e o deixava retirar a parte de baixo. Ela procurou o botão das calças de ganga, abriu-o e ficou a observar enquanto ele também as despia. Foi quase em câmara lenta que os seus corpos finalmente se reuniram, ambos a tremer com a memória do que uma vez tinham partilhado.
Ele correu a língua pelo pescoço dela enquanto as mãos se moviam sobre a pele quente e macia dos seios, pela barriga abaixo, para lá do umbigo, e de novo para cima.
Deitaram-se junto ao fogo, e o calor fazia o ar parecer espesso.
Ela arqueava ligeiramente as costas quando ele se lhe colocou por cima, num movimento fluido. Estava de gatas por cima dela, os joelhos a par das ancas. Ela levantou a cabeça e beijou-lhe o queixo e o pescoço, com a respiração ofegante, lambendo-lhe os ombros, e provando o suor que lhe pairava sobre a pele. Passou-lhe as mãos pelos cabelos enquanto ele se segurava por cima dela, os músculos dos braços duros da tensão. Com uma ligeira careta tentadora, ela puxou-o para mais perto, mas ele resistiu. Em vez disso, baixou-se e esfregou ligeiramente o seu peito contra o dela, e ela sentiu o seu corpo reagir com antecipação. Fê-lo lentamente, uma vez e outra, beijando todas as partes do corpo dela, escutando-a a lançar sons doces e soluçantes enquanto se movia por cima dela.
Continuou com isto até ela não aguentar mais, e, quando finalmente se uniram como um, ela gritou alto e enterrou-lhe os dedos nas costas. Escondeu a cara no pescoço dele e sentiu-o fundo dentro de si, sentiu-lhe a força e a delicadeza, sentiu-lhe os músculos e a alma. Movia-se ritmicamente contra ele, permitindo-lhe que a tomasse sempre que quisesse, a levasse para o lugar para o lugar em que tinha que estar.
Os corpos reflectiam todas as coisas dadas, todas as coisas roubadas, e ela era recompensada com a sensação de que não sabia existir.
E continuou outra vez e outra, a tinir pelo seu corpo e aquecendo-a, antes de, por fim, dar de si, e ela lutava com falta de ar enquanto tremia debaixo dele. Mas no momento em que acabara, outro principiara a construir-se, e começou a senti-los em longas sequências, uma logo atrás a outra. Na altura em que a chuva tinha acabado de cair e o Sol se tinha posto, o corpo dela estava exausto mas sem vontade de pôr fim ao prazer de ambos.
(Nicholas Sparks)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Seios

Teus seios pequeninos que em surdina,
pelas noites de amor, põem-se a cantar,
são dois pássaros brancos que o luar
pousou de leve nessa carne fina.

E sempre que o desejo te alucina,
e brilha com fulgor no teu olhar,
parece que seus seios vão voar
dessa carne cheirosa e purpurina.

Eu, para tê-los sempre nesta lida,
quisera, com meus beijos, desvairado,
poder vesti-los, através da vida,

para vê-los febris e excitados,
de bicos rijos, ávidos, rasgando
a seda que os trouxesse encarcerados

(Hildo Rangel)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Fazer amor contigo!

Os teus lábios me tocaram, estremeci!...
Numa inquietação meu corpo treme,
O nosso olhar se cruza, cedi!...
Fúria louca, quero teu sexo em mim!

Coração no sexo geme, grita!
Ou é de ti em mim, ou de mim em ti...
Tua mão trespassa-me pelo corpo,
E o mundo inteiro, pára ali!

Fazer amor contigo,
Baloiçar, desejo ao ser lambido!...
Ensandecido instante faminto,
Quebra todo e qualquer infinito...

Luísa Raposo

Loucura

Toca-me devagarinho,
Acaricia minha pele de mansinho…
Beija-me lentamente…
Abraça-me ardentemente,
Agarra-me com ternura,
Possui-me com loucura,
Grita meu nome desesperadamente!
Faz-me gemer de prazer,
Põe-me doida sem o ser,
Faz-me tua para sempre!
Agarra meus seios que são teus,
Põe em mim pedaços teus,
Leva-me ao céu, se puderes!
Mostra-me amor e paixão,
Estou feliz em tuas mãos…
Estarei aqui quando quiseres!
(Vera Silva)

domingo, 28 de setembro de 2008

Aconteceu...


Ele não quisera tocar-lhe. Era o seu último pensamento coerente antes de subir as mãos e de as encher com os seios dela. O gemido gutural dela espalhou-se pela sua boca como vinho, rico e inebriante.
Nessa altura, já ele lhe arrancava a camisa e se afastava da mesa em simultâneo – Que se lixe – murmurou com a boca colada na dela, ávida, levantando-a.
Ela enrolou os braços e as pernas à volta dele como um cordão de seda, a camisa pendurada por um braço, onde os botões ainda estavam apertados. Por baixo, trazia uma camisola de algodão simples, tão erótica para ele quanto rendas de ébano.
Era pequena e leve, mas da forma como o sangue lhe latejava no cérebro, sabia que podia até levantar uma montanha. A boca atarefada dela nunca parava, correndo da face para o maxilar, para a orelha e regressando, enquanto ecoava gemidos sensuais na garganta.
Os seus lábios voltaram a unir-se num beijo ávido e desesperado. Como a ombreira da porta e as próprias pernas a seguravam, ele libertou a boca para a colar ao seio dela, chupando voraz através do algodão.
O prazer que ela sentia, obscuro e adverso, trespassava-lhe o corpo como uma lança. Isto era imenso, apercebeu-se ela assim que o sangue que lhe corria nas veias começou a vibrar como um motor. Muito mais intenso do que ela esperara. Não se podia ter preparado para aquilo. Mas não havia volta possível.
Se foi a loucura que tomou conta dele, também a dominou a ela.
Da parte de ambos, não havia pensamento ou necessidade de carícias meigas, de palavras doces ou mãos vagarosas. Lançaram-se um ao outro, imprudentes como animais, arrancando as roupas, puxando, esticando, pontapeando os sapatos, na ânsia constante de alimentar beijos violentos.
O corpo dela era como um motor, atestado para a competição. Contorceu-se, rolou e deslizou, com a respiração golpeada por arquejos ardentes. Costuras rasgadas, ânsias exploradas.
Ele tinha as mãos macias. Se a ocasião fosse outra, poderiam ter escorrido pelo corpo dela como água. Mas, de momento, elas agarravam, magoavam e pilhavam, arrancando um prazer incomensurável que trespassava o corpo dela, como os raios dilaceram o céu tenebroso. Ele voltou a encher as mãos com os seios dela e agora, sem barreiras, levou os mamilos duros à boca.
Ela gritou, não de dor pelo roçar duro dos dentes e da língua dele, mas de glória, enquanto o primeiro orgasmo, severo e perverso, a atingia como um golpe.
Não esperara que a atingisse tão rápido e com tanta intensidade, nem experimentara o abandono que lhe fora imediato, no rescaldo da tempestade. Antes de conseguir recuperar do espanto, novas ânsias dilaceravam-na por dentro.
Nunca acreditara, nunca, que o desejo a podia engolir, deixando-a trémula. Mas estremeceu às mãos dele, sob a urgência selvagem da sua boca. Durante outro interlúdio atordoante, ficou totalmente vulnerável, os ossos derretidos, e a mente descontraída, abismada pela rendição causada pelo assombro do seu próprio clímax.
Ele nem sentiu a mudança. Apenas sabia que ela vibrava debaixo dele como um arco disparado. Estava húmida e quente, numa excitação insuportável. O corpo dela era macio, suave, flexível, todas as reentrâncias e curvas eram dele para explorar. Conhecia apenas o desejo desesperado da conquista, de posse, deleitando-se com o sabor da sua carne até parecer que a essência dela corria pelas suas veias como o próprio sangue.
Agarrou-lhe na mão e possuiu-a, até ela gritar outra vez o nome dele como um gemido no ar.
O quarto girava como um carrossel à volta dela que, soltando as mãos das dele, lhe entrelaçou os dedos no cabelo. De novo o desejo trespassava-a vorazmente. Ergueu as ancas.
- Agora! – a intimação saltara-lhe da garganta.
Mas ele já mergulhara dentro dela, fundo e intenso. Ela arqueara-se para trás, para cima, numa recepção gloriosa enquanto o prazer aspergia pelo corpo num relâmpago lancinante e em fusão. O corpo dela encontrou o dele, acompassando os ritmos, toque por toque desesperado. Ele não sentiu as unhas dela a arrancar as costas.
Com a visão turva e nublada, observou-a, viu cada sensação avassaladora passar pelo seu rosto. Não era suficiente, pensou ele, ainda tonto. Até mesmo quando o arrependimento tentava espreitar pela armadura brilhante da paixão, ela abriu os olhos e voltou a pronunciar o seu nome.
Então, ele afogou-se naquele mar verde e, enterrando o rosto no fogo do cabelo dela, rendeu-se. Com um último raio de desejo glorioso, esgotou-se dentro dela.

(Nora Roberts)

sábado, 27 de setembro de 2008

Delírio


Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....

(Olavo Bilac)

No teu corpo

Há dias que te imagino
Assim, sedenta de mim.
Teus lábios como pétalas
Que me sorvem…
Que eu desfolho em beijos nunca desfeitos
Teus seios como colinas encimados
Por auréolas que te arrancam gritos.
Tuas ancas belas
Onde travo em cada curva
E acelero em contra curva
Parto á desfilada,
Penetro na tua noite
Esporeio éguas em teu ventre

(Jaber)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Erótico e Poético

As coxas em simbiose, estremecem entre luzes.
Em nuvens de desejos, os reflexos incontidos despidos
Em espasmos de sonhos meus seios voam em tua direção...
Em toques, em beijos e em magia se contorcem em tuas mãos.
Na penumbra, meu corpo entre lençóis, hortênsias e uvas são um banquete à voraz emoção.
Nas minhas marcas de curvas latentes, teu corpo é o guia.
Que cegamente me acata, me nutre e me acaricia.
Numa pele sem pudor, em que teu ventre junta-se ao meu...
Nas gotas de amor que fluem de ti...
Na sedenta boca, um brinde ao doce céu.
Tal abelha reino então, com teu corpo no meu mel...
E deste sonho, eu pinço de ti toda ternura.
Num jato de amor, me levas à loucura.


(Ledalge, 2007)