segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sodomia



Eis que entras fundo, feroz,
Entre nádegas resistentes
E sensíveis,
De brancas carnes, ansiosas
Pelo falo erguido
Teu!

Eis que m’atormentas
(enlouqueço)
Fustigas-me, atiças-me,
E entre o lamento e o rugido
Solto o queixume
Num gemido…

Eis que (te) vens, contorcido
Entre êxtase e exaltado
Completas a cópula
E insistes
Sodomizas-me
Eu gosto, tu resistes,
E ecoa o grito final…
Lua Erótica

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Posse



Vem cá! Assim, verticalmente!
Achega-te… docemente…
Vou olhar-te… E, no teu olhar, colher promessas do que quero prometer, até à síncope do amor na alma!
Colemos as mãos, palma a palma!
A minha boca na tua, sem beijo…
Desejo-te, até o desejo se queixar que dói.
Eu sou tua, assim, como nenhum foi!



Leonor Almeida

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Libido



Semeias no meu corpo
Orquídeas vermelhas
Deslizas nas minhas coxas
Lentamente…
Toque de fruto erecto
Suave como seda pura
Morango adocicado,
Mel que escorre
Na colmeia do meu seio
Que lambuzas e abusas
Contorces num prazer insaciado
O meu suspiro dolente
Faz-te girar …
Como fera enjaulada
Sedenta de procriar
Entras em mim
Em redenção
Sussurros, gemidos, libido
Que escorre
Pela caverna do prazer…

Sou mulher!

Seda Natural

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lânguido



Desnudas com teu olhar lânguido, o meu
Corpo ávido, atordoado em desejo
Rebolo sobre a coberta num lampejo
Ensaio uma dança embriagada pelo teu

Respirar ofegante de quem nasceu
Para o amor em forma de atropelo
Nossos corpos em êxtase, subtil duelo
Chocolate quente que se derreteu

Sob o calor de um feixe inebriado
Vais entrando docemente no meu ser
Sente-me mulher de desejo insaciado

Deslizam tuas mãos me dão prazer
Tocam no meu peito amorangado
Cresce a volúpia em cada absorver
Seda Natural

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Confissão da Rosa Genital


Dormes meu coração?

O tédio aqui é imenso e nesta hora em pensamentos lentos é no teu pénis que penso...

Sentir-te em...

Pensar nisso faz-me fome, rasga-se o desejo em mim num gomo, amor meu, mas quando é que eu te como!?

Quero-me em ti para me perder aqui!
Frémito calor, ardente de nós os dois;

No antes!... No durante!... E no depois!

Sinto teus lábios em minhas entranhas, perco-me em súplicas estranhas...
As tuas mãos ávidas descobrem meu corpo, a tua língua quente é uma maliciosa serpente...
Profundo e pérfido, desejo louco num misto prazer nos deixa feliz amor, com tão pouco...

Desejos!... Sabores!... Loucuras!

Num êxtase sinto a tua mão a vergar...
Minha boca quente, ardente, sempre a sugar!...
Gemidos são prazer, na louca vontade em tanto em mim te querer!
Sonhar-te tão dentro, sentinela hirta em cada pancada, a tua, quente e nua ...
Fazer amor contigo, fazer amor com o sentido, vem, vem cá ficar dentro em mim escondido;
A tua boca minha descoberta, o suor em tremor ... e eu toda aberta...

A lembrança do olhar dentro da tua íris a navegar, a navegar... a navegar...
Está na hora do nosso prazer terminar, vem...
Vem cá abraçar e toma-mos juntos um banho quente?

Mas antes fazemos amor novamente!...
Beijo
Da tua sempre
Rosa
(Luisa Margarida Rap)

sábado, 19 de setembro de 2009

Teus seios.. se quer, terá...



Abro tua blusa, botão por botão
Solto o teu sutiã meia taça
Que despenca, caindo no chão
Livres estão, cheios de graça

Eles despontam, impávidos
Com as mãos os massageio
Deixando teu dorso arrepiado
Quando recebe meus beijos

Febris com teu amante
Se entregam, sem resistência
Se armam com bicos rijos
Pulsando numa só cadência

Nos mamilos a língua passo
Sinto que estão a gostar
Pressiono forte com os lábios
Estás prestes a se entregar...




Rickybar

domingo, 6 de setembro de 2009

Erótica



A noite descia
como um cortinado
sobre a erva fria
do campo orvalhado.
e eu (fauno em vertigem)
a rondar em torno
do teu corpo virgem,
sonolento e morno,
pensava no lasso
tombar do desejo;
em breve, o cansaço
do último beijo...
E no modo como
sentir menos fácil
o maduro pomo
do teu corpo grácil:
ou sem lhe tocar
– de tanto o querer! –
ficar a olhar,
até o esquecer,
ou como por entre
reflexos do lago,
roçar-lhe no ventre
luarento afago;
perpassando os meus
nos teus lábios húmidos,
meu peito nos teus
brancos
seios
túmidos...



Carlos Queirós

sábado, 29 de agosto de 2009

Volúpia



Porque me encontro
Nas vestes que rasgas, cobiça
De um corpo que vais desnudando
Socalcos, sabor e dedos famintos
Engodo na minha suplica…

Volúpia, em gemidos
Uma língua deslizando
Pelo planalto do prazer
Minhas coxas a temer
Malícia de língua gulosa
Êxtase, luxúria, fogosa
Os teus lábios a trincar

Entranhas a fervilhar
Cópula em sintonia
Vestes que rasgas, bravia
Num reflexo sincronizado
Actor de amor sem pecado
Fêmea gulosa, tesão.

Entras em mim, expulsão
Um vaivém, um desatino
As vontades em turbilhão
Cavalgada em dorso nu…

Um raio que satisfaz !

Seda Natural

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Soneto do Amor



Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma… Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas…
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua…, – unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois… – abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada…
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!



José Régio

domingo, 16 de agosto de 2009

Ama-me!



Ama-me!
Fazes-me enlouquecer,
Meu corpo contorce-se de prazer!
Quero-te pertencer,
Sinto-me desfalecer!

Ama-me!
Descobre meu tesouro escondido,
Percorre meu corpo enlouquecido…
Vê como o puseste aquecido!
Faz-me tua, meu bandido!

Ama-me!
Sente meu coração pular,
Minha boca teu nome gritar,
Nossos corpos juntos a balançar,
E ao mesmo ritmo dançar!

Ama-me!
Esta noite e dia após dia,
Com encanto e com magia,
Como um amor que se contagia,
Faz da minha tristeza alegria!




Vera Sousa Silva

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Nossa Magia



É magia…
Quando nos amamos em perfeita sintonia.
É amor…
Quando metes na minha boca o teu sabor.
É beleza…
Quando agarras o meu corpo com toda a firmeza.
É união…
Quando me enlouqueces com tanta paixão.
É demais…
Quando me fazes gritar e desejar-te ainda mais.
É ternura…
Quando no final gritamos juntos com loucura.
És tu e eu… Juntos




Vera Sousa Silva

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O que resta de ti

Um frémito
da ausência de ti
acordou a minha consciência.

Mais que as horas
da nossa loucura
há o desejo carnal.

Continuo ansioso por esse corpo!



GE3

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Teu Sexo eu Adoro


Quando nossos corpos se tocam
Mesmo por cima da roupa...
Sinto o calor que vem do teu corpo...
Misturando ao calor do meu...
São gotas do suor...
Gotas de quem esperou por esse momento...
Agora, as roupas vão caindo...
Revelando o sexo nervoso...
Sexo endurecido...
Sexo humedecido ...
Mãos que seguram sexo...
Mãos que penetram sexo...
Línguas que lambem...
Sexo que arrepia...
Sexos que se encontram...
Enfim...
Sexo que agasalha...
Sexo que desbrava...
Acabamos...
Me deito sobre teus pelos...
Sinto o cheiro do meu sexo,
No teu...
Sinto o teu cheiro misturado
Ao meu...
Cheiro do gozo supremo...
Cheiro do sexo...
Que eu adoro...
Zé do Neca

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Hoje fiz amor contigo

Entras-te em meu sonho
Despiste-me com o olhar
Os teus lábios encheram
Meu corpo de beijos
A tua língua brincou
Com os meus seios
As tuas mãos
Percorreram a minha pele
E agarravam a minha carne
Como se pudesse ser tua
O teu corpo...
Um convite ao meu...
Rendida... entraste em mim...
E ficámos um só...

Tália

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A minha mão

Minha mente, tua imagem, teu carinho.
Mão agarra o membro que está durinho
Os nervos estremecem te vejo de olhos fechados
Sentindo teus beijos ainda molhados
Na minha mente sinto cair tuas calcinhas
Com força fermente agarro, vê se adivinhas.
Tuas palavras de amor estão na minha mão
Que procura escravizar todo meu tesão
Num vai vem de desespero e esperança
À direita ou esquerda até ao fim não se cansa
Misturo místico, sonho e realidade.
Teu escrever entra em imaginação
Mas não é mão, sou eu no vai bem de teu vulcão.
Oh senso da minha volúpia
Deixo-me cair, lábios em teus lábios de cereja e doçura.
Procurando no cálice de teu umbigo a loucura
Que me fazes dar gritos de prazer
Teu êxtase de gemidos perdura.
Sinto-os, mas é minha mão a fazer, bravura.
Foi loucura, demência do tesão.
Um filho do amor
Que acabo de fazer com a mão
Ficou a saudade e desilusão
Queria de verdade sentir teu corpo em erupção
Sentir-te torcer, tu me fazeres gritar.
Não ser a mão.

Armando Sousa

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quero teu corpo


Quero teu corpo másculo
Repousando suavemente no meu
Após longas horas de amor.
Os teus beijos suaves nos meus seios,
As tuas mãos que me acariciam ainda
E me dizem o quanto me queres.
Os teus lábios dizendo meu nome,
Como se decorassem uma oração.
Tua cara colada em meu peito
Em que sentes o meu coração
Que bate, vive por te amar.
Quero sentir na pele teu toque
E as minhas vibrações,
Que são as tuas...
Quero acordar a teu lado
E ouvir-te dizer
"Bom dia amor"...


Vera Sousa Silva

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A fome que te tenho


Ah! Se o grito se masturbasse
Num desejo de ti
E a força rítmica do meu ventre
T’abocanhasse e possuísse
Sempre que te quer,
Em fodas magistrais dos gemidos
Soltos na loucura
Da vagina húmida e inquieta...

Ah! Tivesse teu membro sempre duro
Ao dispôr dos meus desejos incontidos
E a palavra bastasse
Para te vires sempre em mim,
Nestes lençóis que partilho na noite
Ouvinte voyeur dos gritos
De prazer absoluto que guardo
Em segredo para os teus delírios...

Ah! Se nossos corpos s’amassem
Só com os poemas, e assim
Saciasse a fome que te tenho...


(Lua Erótica)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dois corpos nús



No calor da noite,
ele e ela!
Dois corpos nus,
unidos na paixão!
Olham-se!
Amam-se!
Corpos quentes, chão frio!
Corpos que se enrolam,
num desejo final,
num sentimento único,
numa emoção sem fim.

Ele acaricia-lhe o cabelo.
Ela sorri!
Estão felizes, beijam-se!
Ele percorre-lhe o pescoço,
sentindo o aroma do perfume que o fascina...
Agradável!
Delicioso!

Com cautela,
envolto em tentação,
encontra o vale secreto,
vale de perdição!
Quais pedras preciosas,
maçãs do pecado!
Fascinam!!!
Aperta e larga!!!
A sua língua a massajar aquela parte sensível,
aquela zona bicuda,
que lhe dá prazer!!
“Pára!!!” - diz ela.
Mas ele nem ouve!

Procura então algo mais,
sente o desejo a aumentar,
sente-a a delirar.
Não pensam!
Não páram!
Sabem que é tarde!
Ele vai ao fundo... mais em baixo!
Ah! Mais em baixo!!!
Encontra a gruta apertada,
sossegada mas agitada,
aqueles lábios inferiores,
lugar amado, conquistado!

Unem-se finalmente!
A força, firmeza e dureza dele,
e a suavidade, beleza e doçura dela.
Dois corpos gemendo!
Dois corpos vibrando!
Dois corações batendo em sintonia!
“És minha!” - diz ele.

Corpos colados
corpos molhados, mas quentes no chão frio.
Corpos que se amam,
que são tudo,
um só!
Ele e ela!


PedroBito

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Teu corpo tem cheiro de mar



Teu corpo tem cheiro de mar,
Tua boca gosto de mel,
Me embriaga com teu amar!

Mergulho no teu desejo
Não hesito,
Mergulho em teu sexo,
Que loucura,
Senti-la solta,
Excitada e molhada,
Tão dentro de ti...

Vem!
Me beija!
Adoça minha boca!

Mata meu desejo, teu desejo,
Na harmonia desse amor,
Venha ser minha melodia
Deusa do Amor!

Uma melodia,
Que a tua barba nos meus seios toca,
Pura poesia...

Uns dedos doidos,
Umas mãos endiabradas,
Uma boca louca,
Nas tuas costas molhadas...

Estaria a noite quente,
ou seriamos nós nesta dança do ventre?

Prender-te!
Beijar-te!
Gemer-te!

Nesta cama doce do desejo insano,
Porque hoje vamos juntar o sagrado com o profano!

Morethanwords & Serfeliz

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sequestro íntimo



Bati a porta
...empurrei-te,
imobilizei teu corpo na cama.

Devagar
Desliza
o véu por mim coberta
...uma melodia oriental,
movimento o corpo
numa suave dança,
perante o teu olhar penetrante...

O ritmo
o impulso
em estimulo do libido.

...Aproximo-me
a saracotear no teu vulto.

A língua resvala
teu peito másculo,
deleita-se
na tua fraqueza
...sedutora.

Em teu colo
...louca atitude,
as ancas se movem
...lentamente,
oscilante...
entra, sai...

Aquecem os músculos
...muco ardente,
resvalo no teu corpo
rendido desta tortura,
mordo-te o pescoço
...mato-te
...de prazer.


Ana Coelho

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vem...toca-me...beija-me...



Sacia o meu corpo.
Vem dormir comigo.
Nossos corpos entrelaçados.
Nossos corações enamorados

Paixão...
Vem ter comigo amor...
Coração...
Deixa-me sentir o teu sabor...

Vem...sinto vontade de beijar tua boca
...o teu corpo junto ao meu.
Vem...deixa-me louca.
Deixa-me levar-te até ao céu.

Quero te ouvir suspirar o meu nome
...enquanto fazemos amor.
Saia a minha fome
Deixa-me sentir o teu calor.

Nossos lençóis emaranhados
Feito o lindo amanhecer.
Nossos corações...
Quero-te amar com o corpo.
Deixa-me sem saber onde estou.
Loucura atrás de loucura.
Veros sentimentos.
Mas não é só amor...é paixão!




Anabela Barbosa

terça-feira, 23 de junho de 2009

Erótica

São teus seios as colinas, entre a orla, do

tecido transparente. E, que, à meia-luz, da janela,

vêm lembrar dois ninhos ou duas

andorinhas, de bicos rosáceos e erectos,

pelo subtil roçar, da pele nua, com a seda,

eternamente sensual.

Feminina figura, de silhueta, que vai variando

a tez, de sua pele, entre a claridade ou a

sombra, vai-se enredando,

cada vez mais, no tecido transparente, onde,

a todo o momento, se pode adivinhar, as linhas

correctas, de seu perfeito corpo.

E quando se decide, a sair, detrás da tentadora,

cortina, caminhar seguro, meu olhar,

contempla-a, de cima a baixo,

em toda a sua nudez, para, de seguida, me

perder em seus olhos, na vaga esperança,

de algum sinal: lábios ligeiramente humedecidos.

Jorge Humberto

domingo, 21 de junho de 2009

... só mais uma vez


Só mais uma vez
o sabor dos teus lábios nos meus
e nus e rijos teus fartos seios
em aperto nas minhas mãos

...só mais uma vez!

Pudesse eu ser teu
e na tua cama a minha pele
a despir a tua de puro desejo
as almas esquecidas
e os corpos com os sentidos
a descer o desejo e levitar as almas
das mãos em brasa pelas carícias
do tocar da nudez da carne

...só mais uma vez!

Não há o lugar para as almas
Mas os corpos, os corpos se unem
fundo galgando margens
até tudo ser mar
Corpos tatuados de imagens
embriagadas pelo sémen
e o clítoris latejante de frémitos espasmos
e um silencio demorado
sussurrado pelo orvalho da carne
e o corpo jamais nega
eréctil falo na húmida vulva
o sabor de tudo começa aqui
no delírio do sentir de todas as vibrações
Qual alma que respira
o êxtase é do excesso do sexo
só os sentidos falam…

...só mais uma vez!

O tempo não é breve nem longo
as horas inundam as veias
perfumes, odores, sentidos…
os gritos que ainda se escondem
dentro do sexo das nuvens…
que por vezes numa brisa
toma a tua forma despida
e te folheia folha a folha
em som da voz a chamar por ti

... só mais uma vez!

E tanto amor fizemos
que não coube nesta vida
ambos tivemos que morrer
para nascer outro dia talvez
Este tempo sem testemunhas
que quase não passou por aqui
apenas esta ausência profana
que ainda arde
e viola todas as leis…
...só mais uma vez!


(Jorge Oliveira)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desconhecido


Semi-nua
lábios entreabertos
lingerie espalhada
no frio do inverno,
deslizas no meu ventre
pedras de gelo
que enrijecem meus seios.

Vens ardente
tomando o que não te pertence
em ânsias incontidas,
ardem labaredas
em fogosas planícies,
gemo, lenta e dengosa
resvalo no teu corpo
húmido de nós dois,
dos suores intensos
de momentos de paixão.

Olho-te…
olhas-me…
não te conheço o nome

sei apenas o cheiro do teu corpo.


Quarteto 1111

domingo, 17 de maio de 2009

Querer-te minha

Veio o desejo incontrolável aquela vontade louca
De te possuir, devorar sentir teu corpo junto a mim.
Minha língua procura a sua, enrosca dança e desce.
Meus dedos alisam e procuram fendas escondidas
Repletas de vontades ardentes e proibidas
Quando te encontro meu êxtase é profundo
Quero-te inteira... fêmea, mulher, amante.
Na inconsciência bruta do meu desejo fremente
Ah!... como te quero minha!


André AA

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Te vendo ali deitada



Te vendo ali deitada tão calma e serena tive vontade de deitar ao teu lado.
Como sentindo o meu olhar distante, observando teu corpo nu, sorriu suavemente abrindo os olhos a me fitar.
Como num sonho suave de amor fui andando lentamente em sua direcção, mirando teus olhos a me esperar.
Te vendo ali deitada tão perto e tão longe...tive vontade de senti-la em meus braços, como que sentindo o meu desejo saltitante e me sentindo tão seu.
Como num sonho suave de amor, fui me entregando aos desejos nos teus olhos, fui me deixando envolver pelo teu corpo...e ali deitada em meus braços, fui sentindo o sabor dos teus lábios, a doçura das tuas mãos e o calor do teu corpo.
E ali deitada ardendo em desejos, te amei calmo e feroz, tomando o teu corpo no meu, sentindo teu coração disparar querendo-me teu.
E ali deitada, confundido nossos corpos, te sentia inteiramente, sem medo e sem pudor, te aconchegava suavemente... e em movimentos lentos e ritmados te levo a loucura e me deixo levar.
E ali deitada entre beijos e sorrisos, entre desejos e carinhos, você se tornou minha...e sentindo seu corpo desfalecer, me inundei de vida e prazer...me fez sorrir e até chorar, mas acima de tudo me amou e me fez te amar.
Aramis

sábado, 9 de maio de 2009

Madrugada de prazer



Corpo nu sobre uma cama fria...um novo dia se anuncia.
Anseio com toda minha força que invadas o meu quarto e sucumbindo um desejo ardente, teu cheiro espalhe em minha alcova.
Quero teu cheiro em minha pele, teu suco em meus pêlos e boca...quero te ver e te fazer louca...fazer-te minha de uma só vez.
Beijar-te por fora, sentir-te por dentro, deleitar-me com tuas quentes entranhas, possuir-te de formas estranhas...envolver-te como faria o vento.
Lamber-te os mais doces recantos, sorver tua saliva ardente e banquetear-me de teu corpo quente.
Deslizar minhas mãos por teu corpo, coxas, ancas, seios, cabelos... possuir a ti com todo meu zelo...enlouquecendo-te pouco a pouco.
Dois corpos ardendo no calor mais intenso... paixão sem travas, paixão sem bom-senso.
Não sei onde estou, mas estou onde quero... tu postas de quatro qual fêmea no cio...te cubro! Teu corpo me faz macho, dá-me nó... seja o mundo eterno ou que se transforme em pó... de fato só sei que te quero, em verdade, preciso.
De repente se cria um desejo insano de beber do cálice entre tuas pernas... tua flor desabrocha em beleza interna... te farei levitar ... espera, meu Anjo !
A língua passeia por pele e dobras...tão perto o perfume que tua flor exala... teu cheiro me embriaga, minha razão se abala. És a fêmea das fêmeas... és mulher de sobra.
Te viras e deitas teu corpo no meu... acaricias e sugas meu membro em riste... tão bom quanto a tua boca, só uma coisa existe: tua flor gulosa do orgasmo no apogeu...
Por fim te acomodas sobre meu púbis faminto... aponto o instrumento que desliza suave... só me sinto invadindo delicioso labirinto.
Púbis com púbis, os pêlos se cruzam... teu rosto está lindo, os olhos cerrados...meu corpo clama por ser devorado... me “devore” e deixa que os corpos se fundam... põe tuas mãos em meu peito vasto... “rebola, amor. Assim gostoso!”... “Traz do profundo o meu melhor gozo!”
Naufraga-me em prazer, sem precisão de lastro... e morde meu peito de forma animal... eu quero gritar e só faço gemer... teus quadris sinuosos hão de me enlouquecer... meu gozo está próximo, diria: fatal !
Te beijo...prendo teus lábios entre meus dentes...tu me beijas de maneira que nunca experimentei... eu te tenho e tu me tens, tu és rainha e eu sou rei!
No meio do encontro das bocas ensandecidas... um espasmo em teu sexo, gatilho do prazer... grito abafado anuncia: não há mais nada o que fazer... teu gozo, meu gozo, nosso gozo. Vida!!
Tu gemes baixinho bem perto do ouvido, teu cabelo cobre meu rosto, um véu sagrado...teu suor é um banho de um novo batizado.
Ergues-te calma, a mais bela entre os humanos... teu rosto espelha meu olhar apaixonado... um último beijo e dormiremos extasiados.
Aramis

domingo, 3 de maio de 2009

Confissões de amante

Quando te olho
Me molho
Quando te vejo
Te desejo
Quero teu beijo.
Ao te sorrir
Quero me abrir
Te sentir
Dentro de mim.
Minha vulva
E como luva
Para te engolir.
Tua boca
Me deixa louca.
Meu ser imagina
Tua língua na minha vagina.
Só penso em ser tua
Completamente nua.
Tua língua é doce mel
Sempre me leva ao céu.
Sou uma égua no cio
E você meu alazão
Me montando com tesão.
Você me faz feliz como poucos
Me dando orgasmos loucos.


Aline Dremir

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Carta Saudade da Rosa Genital ao Pénis Astro

Soltou-se uma limalha entre a boca e o sexo, bateram em mim duas pancadas truculentas que talharam minha Rosa Genital...
Abençoado Pénis, sofreguidão da tua fruta dourada que se roçava em parede contra parede com a minha pérola toda em ti afundada...
Pénis Astro...
Que desceu no arco das costas, da caverna onde garras se prendem ao meu sangue, porque meu corpo é uma gruta de onde saltam mastros brancos...
O círculo magnético entre as pernas na obscura pele compacta desceu fundamente e a minha testa fervente abismou com os dois pólos do (teu) mundo...
Respirar no buraco onde o ar se incendeia e as cobras fazem laços, naqueles sítios mais escuros onde irrompem os nus desejos cor de esperma... não...
(não corras tão depressa leite de ramas salgado)
... Numa torsão interna onde as mãos cruas ardem...
Saudades com o boca cheia de água,
Rosa Genital

(LuisaMargaridaRap)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Êxtase

No teu amor me encontrei,
No teu,
Meu corpo me achei...
Mulher, cheiro de amor...
Tu és sedução, vibração, um fervor.
Quero em você ficar...
Em teu corpo me realizar...
Beijos que completam, em bocas que se encontram...
Você é pura sedução...
A pele que incendeia no teu beijo...
Vou sugando esses teus lábios molhados desejados...
Uma busca constante...
Sussurros, gemidos delirantes, corpos ofegantes...
Um explodir em êxtase
Meu corpo te encontrou...
Buscou-te
Um desejo de amor...
Um desejo de pele...
Um desejo de encontro...
Um desejo de prazer...
Em você permanecer...
Amor, paixão ou sedução...
Eis aí a questão?
No teu corpo mulher, tu és minha vibração...
Profunda sedução
Homem e mulher
Realizam-se, nessa imersão...

(serfeliz)

sábado, 18 de abril de 2009

Aqui


Aqui,
No meu botão de rosa
Onde meus dedos
Escorregam devagar,
Suavemente,
Sentindo a humidade
Do meu corpo
Vertendo nas minhas coxas
Quentes,
Abertas em desalinho,
Desconcertadas
Pelos movimentos subtis
Da imaginação…

Aqui,
Onde me palpita o sangue
E me arde a boca
Que geme por tua presença
Nos confins da lembrança,
Deslizam com prazer
Os dedos,
Finos, seguros,
Finos, seguros,
Num prazer carnal,
Intimo,
Meu…

Aqui,
Onde a volúpia
Se transforma em deleite,
Onde a carne te pede
Que ocupes meu espaço,

Solto-me em espasmos,
Liberto o grito,
E o encontro acontece…

(Vera Sousa Silva)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fundo


Fundo…
Bem fundo me vejo
Em ti, profundo…

Desejo!

Fundo…
Meu corpo imerso em ti…

Fundo…
Nos fundimos sem dó
No desejo de sermos um só…
Nó!

(Octávio da Cunha)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Corpo em chamas


Meu corpo em chamas, vulcão em erupção.
Sinto nas minhas curvas o calor de suas mãos.
Sua boca me devora… beijo quente que avassala…
De loucura e urgência, que me leva a demência.
Meus picos enrijecidos como rochas endurecidos…
Esperam sua boca quente a sugá-los avidamente.
Meu corpo amolece ao sentir o calor do seu,
me invades delicadamente e me plantas sua semente…


Kira

quarta-feira, 25 de março de 2009

Num gemido


Aqui, no centro do meu corpo,
Que se abre em chamas,
Qual vulcão incendiário
Escorrendo magma
Em que penetras e t'afundas
Enlouquecendo-me os sentidos...
Espero-te!

Sei que virás possuído
Pelo desejo que t'engrossa
E t'acrescenta
E me tomarás todas as fendas
Cravando tuas mãos
Nos fartos seios
Entrando e saindo de mim.

Afogar-te-ás nas minhas ardências
Que cederão aos teus gestos
E entre beijos carnais
E palavras de amor
Seremos um só
Num gemido...


Vera Sousa Silva

domingo, 22 de março de 2009

A tua mão


Sentir que a tua mão
quer tocar-me
deixa-me louca,
elevo-me
Sinto calor,
Abrasador
Mais pareço um forno,
Aquecendo
devagar,
um bolo pronto
a cozinhar…
com os graus sempre
a subir,
e a tua mão,
serena e suave sobre
a minha pele
aprende a conhecer-me
melhor
por dentro, por fora
saboreia-me
sem demora.
Escorregando por onde quer
Fazer-me sentir,
Mulher.
(com prazer)

Iolanda Neiva

quinta-feira, 19 de março de 2009

Erótico puritano

As pontas dos meus seios apontam para o céu
inchados e duros
pequenos e brancos
reluzem e gritam
enquanto as estrelas queimam e umedecem
meus santos orifícios
com seus toques inesperados.
sou cega, muda, espasmódica.
pernas abertas por um mundo melhor.



(Niandra LaDez)

domingo, 15 de março de 2009

Carícias

Beijar-te-ei os lábios assim, de mansinho,
E tocar-te-ei o ventre, delicadamente...
Afagar-te-ei os seios em tantos carinhos...
Estes os sonhos mais candentes!

Abrir-te-ei as pernas, assim, de par em par,
E acarinhar-te-ei as coxas inocentes...
Tua flor, sim!... A intumescida língua beijar!
Em ósculos brandos.... Os mais ardentes!

Acariciar-te-ei o corpo, com um ímpeto voraz!
Beijar-te-ei os recônditos mais delicados,
Com um cálido beijo...Destarte o mais audaz!

Entregar-te-ei minhas carícias com tanto ardor,
Que teus lábios, nunca antes explorados,
Hão-de se renderem às loucuras desse amor!

(® tanatus)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Nua



Porque me despes completamente
sem que eu nem perceba...
E quando nua
por incrível que pareça
sou mais pura...
Porque vou ao teu encontro
despojada de critérios...
liberto os mistérios
sem perder o encanto
do prazer...
Porque
quando nua
sou única
e exclusivamente
tua...




(Isabel Machado)

terça-feira, 10 de março de 2009

Teus seios

Quero tocar-te com delicadeza
Como a mais delicada flor
Teus seios de princesa
Com o mais intenso ardor;

Quero sentir a sensibilidade
De teus mamilos duros
E experimentar a liberdade
De teus loucos suspiros;

Quero mostrar-te o deleite
De minhas ternas carícias
Eu quero que as aceite
Sem medo, sem malicias

Pois eu só te quero mostrar
Como todo carinho e amor
O que tu me fazes passar
Quando me tocas, meu amor.

(Arthur Saraiva)

domingo, 8 de março de 2009

Desejos Molhados


Seja os meus cabelos
Quando estão molhados
Grudados no meu corpo

Seja o meu suor
Quando escorre refrescando
Minha pele quente

Seja a minha camiseta
Inteirinha molhada
Colada nos meus seios

Seja a minha água
Do meu chuveiro
Molhando minha intimidade

Seja o meu sabonete
Que perfuma suavemente
Meu corpo feminino

Seja a minha gilete
Quando depilo meu pubis
Deixando tudo liso

Seja a minha toalha macia
Que envolve meu corpo
Depois do meu banho

Seja a minha cama
Quando me deito nua
Para dormir meus sonhos

Seja o meu travesseiro
Confortando minha noite
Como num eterno beijo

Seja tudo o que você desejar
Na minha vida
Porque
Eu
Deixarei
Você
Me sentir...

(Helen de Rose)

domingo, 1 de março de 2009

Toma-me

Hoje sou só tua...

Toma-me
E
Toca-me

Permite-me que te sinta

Em cada suave
... dedilhar dos teus dedos
Que se prendem no roço
... das minhas cordas...

Abraça-me
Aconchega-me
Fecha os teus olhos
E deixa que a emoção te guie

Sente-me...

Tu bem sabes
... que vibro
Em cada novo acorde
Da música que fazemos
Fundidos num só
De nós

Escuta...

Ouves-nos?
(Cleo)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Porquê resistir?

Os olhos continuaram a fitar-se, enquanto ele desfazia o laço do cinto do roupão. Observou o calor aumentar no azul profundo dos olhos, ouviu-a prender a respiração. Beijou-a na boca, absorvendo o seu sopro, enquanto as mãos subiam e desciam pelos lados do corpo, por baixo do roupão.
- Agora…. – Murmurou ele.
Ficou surpreso por ter de reprimir um tremor que ameaçava sacudi-lo, ao mero contacto das pontas dos seus dedos com a carne dela.
Ela deixou que o corpo seguisse o seu impulso, erguendo os braços para o enlaçar.
Ele pretendia ir devagar, saborear, levar ambos de um nível para o outro, pouco a pouco. Mas, no instante em que a boca dela reagiu à sua, no momento em que aquele corpo se comprimiu contra o seu, a ânsia dominou-o por completo. Era como se tivesse esperado durante toda a sua vida para saborear, provar, tocar, possuir aquele corpo.
Ele afastou o roupão dos ombros e mordeu-os. Ela soltou um grito abafado, de prazer e de choque. Desesperada por mais, puxou o casaco dele, arrancou-o, largou-o no chão. A boca dele comprimia-se contra a sua, enquanto ela arrancava a gravata e ambos cambaleavam para a cama.
A luz que entrava pelas janelas diminuía com o crepúsculo. O relógio de pé no vestíbulo bateu as cinco horas. Depois, os únicos sons ouvidos no quarto foram murmúrios e ofegos.
Ela rolou com ele sobra a colcha, afundou-se, deslizou. Os seus dedos tentavam desabotoar a camisa, enquanto ele abria o roupão. O peso dele fazia com que se afundasse nas cobertas. Era como afundar-se em nuvens de seda, pensou ela. Um momento depois ele cobriu um seio com a boca e ela não pensou em mais nada.
Fogo e luz, as lâminas afiadas do desejo, o ímpeto desvairado da luxúria. Ela foi dominada por completo, sentiu o sangue a ferver. Um grito de puro prazer aflorou da sua garganta.
- Depressa, depressa – era quase um canto – depressa…
Morreria sem ele dentro dela. Frenética, ela fazia um esforço para abrir as calças o mais depressa possível.
Os dedos dele tremiam. O estrondo na sua cabeça era de mil ondas violentas a desabarem sobre mil rochedos poderosos. Ele sabia apenas que seria destruído se esperasse mais um momento.
As ancas dela ergueram-se contra ele. Penetrou-a num único movimento, numa arremetida firme e violenta.
Os gemidos de ambos ondularam pelo ar, e os seus olhos voltaram a encontrar-se… choque espelhando choque. Fitaram-se por uma fracção de segundo, depois duas.
E depois tudo era movimento, uma união frenética, impelida pelo sangue ardente. Carne contra carne, os acordes da respiração acelerada, o grito baixo de uma mulher ao alcançar o orgasmo. Corpos que mergulhavam juntos, numa dança sinuosa e sensual.
Ela veio-se de novo, atordoada com a intensidade. Enquanto as suas mãos deslizavam inertes para as cobertas amarrotadas, sentiu que ele também mergulhava.
Ficou imóvel, exausta, maravilhosamente esgotada, com o rosto dele nos seus cabelos, aquele corpo adorável a comprimir-se contra o seu.
(Nora Roberts)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

paixão louca!


nas páginas do tempo
desenho rimas de paixão
em que te dispo com o olhar
e com as mãos do vento
estendida no chão
percorro-te ao te beijar.

os nossos olhos que se amam
trocando faíscas de paixão
enquanto os nossos corpos
se diluem
neste prazer carnal…
a tua boca… que me chama…
e os teus seios que me procuram.
vigoroso entre as tuas pernas
penetrando-te…

dançamos,
entre diferentes poses
entre diferentes toques
entre beijos e carícias
entre olhares de desejo..,

chamas-me,
com uma voz embriagada
de prazer… de paixão
por momentos tornamo-nos selvagens
e noutros ofegantes amantes
de temporárias rimas de prazer
que perduram
nas ínfimas páginas do tempo.

saboreio-te…
rasgo a tua carne
rasgo a tua timidez
de me desejar…
pinto no teu corpo a minha chama
ardente de fulgor carnal…
gemidos que se prolongam
odores que se intensificam
sabores que se trocam…


bruno ribeiro

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Contigo

Apetecia-me fazer amor contigo,
Consegues contagiar o sorriso, alegrando-me imenso.
Solto em mim uma parte que desconhecia
Apetecia-me fazer amor contigo,
Amor e magia.
Tocar na tua face, poder beijar teus lábios.
Enxugar esses beijos húmidos
Tornados beijos sábios
Quentes e prepotentes,
Toques suaves em corpo aquecido,
Um amor mágico
Amor querido.
Apetecia-me fazer amor contigo
Olhar nos teus olhos
Entrar por ti dentro,
Ai se pudesse gozar esse momento!
A cada sussurro uma palavra ternurenta,
um aperto no corpo e um largar de emoções,
palpitar como o vento, nem depressa nem devagar.
Apetecia-me fazer amor contigo
E nunca mais te largar…

Iolanda Neiva

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A nossa tomada mútua


Tudo começou numa brincadeira...
Após sorrirmo-nos toquei-te... Um olhar diferente se expressou, sede de outro toque, e outro. Chegam abraços de parte a parte, nossas bocas se encostam e suas línguas desbravam múltiplos caminhos...nossas salivas se trocam. Os corpos estremecem, desde logo se aquecem e as mãos, que são as nossas, se entrelaçam. Uma das minhas (a direita) retira-se...faço-a deslizar pelo teu corpo, tacteando tua suave pele e tuas onduladas formas, minha mente exulta. Procuro com simbiose os pontos fulcrais. As bocas...essas continuam em grandiosa labuta e ouvem-se os primeiros arfares...já estamos fora de nós sempre em si interiorizados.
Porque estivemos todo aquele tempo nus, sem nos tocarmos?... Julgamos pensar agora aquilo que já não pensamos.
Eis que tudo se torna deveras intenso e simultaneamente impreciso, mas muito mais enleante e fervoroso...agitamos, entretemo-nos, iniciamos, produzimos, enroscamo-nos, continuamos, culminamos, invadimo-nos. Aprontaste-te, penetrei-te...sem estratégias. Introduzi em ti um pouco de mim.
Um acontecer de irregulares movimentos, descabidos de compasso, aumentam loucamente o teor da efusividade, estonteante... Qual aura de felicidade?! Num misto de prazer e brusquidão, levamos nossos seres à sublimação, em plena exaustão.
Finalmente despojamo-nos...desde logo nos abraçamos, com força, extasiados...corpos transpirados, respiração ofegante...
Dou-te um beijo na testa, transmites-me um sorriso...nossos olhares transbordam de alegria, tudo é brilhante à nossa volta...
e tudo começou numa brincadeira... como muitas vezes!...


(António Martins)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cegos de desejo


Chegaste de surpresa, sem eu te ver,
Tapaste-me os olhos e com tanto querer
Beijaste-me o pescoço, com sofreguidão,
Soube quem eras pelo toque da mão.
Despidos e roupas, nus de nós,
Levamo-nos apenas pela nossa voz,
Cegos de desejo, ávidos de loucura,
Solta-se o beijo, com tanta ternura.
E nesse roçar de coxas e joelhos que tremem,
Há vozes misturadas e gritos que gemem.
Sexos colados, rolam pela cama,
Corpos suados, acesos pela chama.
Finalmente exaustos, separam-se calmamente,
Acenam um adeus... ao coração que mente.


Vera Silva

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Orgasmo


Ser vulcão em erupção, explodir em ti…

Receber os teus montes e os teus rios.

Galgar o teu corpo como quem procura...

Perpetuar o instante em que entras em mim.


Gemer, sorrindo… contar as estrelas

Percorrer com as mãos, o musgo da pele.

Adormecer inebriada como se fosses a lua

Ser o isco perfeito… para o teu anzol…!


Vony Ferreira

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O pénis



Sôfrego,
Quando por mim rossa!
Cio, a tua pose grossa!
De impulsos carnais!
Quando farto,
(adormece ou retouça)
E nunca é grosso demais!...


LuisaMargaridaRap

A vagina



Envolta na sua peliça,
Na vulva, brasa roliça.
Um duro pénis come!...
Numa tão ávida e sedenta fome,
que só a iguala a cobiça
que nos desejos musculares se consome!...




LuisaMargaridaRap

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Vem!

Vem deitar-te ao meu lado,
Vem sentir o doce sabor da paixão,
Vem juntar o teu ao meu corpo e, dos dois, fazer um só,
Vem para te sentires desejada,
Vem para te sentires possuída,
Vem para partilharmos prazeres, sentidos, sentimentos,
Vem para gozarmos juntos,
Vem para te sentires mulher,
Ou apenas,
Vem.
Mas VEM!

Rui S.