quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quero-te

Nua, espero que venhas
Que te percas nos contornos do meu corpo
E que me faças tua.
Perco-me, deliciada, no teu amor,
Sedenta de ti.
As tuas mãos percorrem o meu corpo
E o prazer que me ofereces,
Em cada carícia suave
Leva-me a um mundo novo
Onde só nós dois existimos.
Solto uma lágrima
De pura alegria pelos instantes
Que vivemos nesta pura magia
Que só o amor permite.
Quando o teu corpo repousa no meu
Somos um só
Fecho os olhos e ouço-te murmurar
O que tanto te quero dizer...

Amo-te!
E(u)rótica

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Amor


Entre as sombras e a penumbra vislumbro a tua bela silhueta,
Belos contornos possuis!
Enlaço-me em teu corpo na ânsia de saciar a nossa fome,
Deliciamo-nos com carícias e beijos nos teus contornos,
Escuto atentamente a tua respiração, ofegante, e através dela guio-me para te proporcionar mais e mais prazer,
Já não estás ofegante, gemes baixinho!
Transpiramos de prazer e tesão,
Nossos corpos fundem-se num só, colados em gemidos de prazer,
Sussurro-te ao ouvido “Amo-te”,
Antes que caia no lençol, apanho a lágrima que soltaste,
Com as tuas pernas enroladas em mim e eu dentro de ti, ficamos parados a saborear o momento e a deixar os fluidos percorrem os nossos corpos.

Rui S.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Subway

(...) Após o jantar voltamos há sala, foste buscar uma garrafa de licor de whisky e fomos bebendo lentamente e as coisas foram ficando acesas, o licor desinibia-me e quanto mais vontade tinha de te beijar, mais me dobrava tentando esconder a minha excitação, e numa dessas alturas pus uma almofada no meu colo, ao que me perguntaste que necessidade tinha eu de esconder o desejo, e aproximaste-te de mim, e ficaste a olhar para mim bem perto e eu não resisti mais, tinha de te ter, tinha de te possuir, beijei-te, atirei-me para cima de ti, segurei-te os braços, beijei os lábios, senti aqueles lábios carnudos e provocantes contra os meus, perdi a noção do tempo e do espaço, as minhas mãos já dançavam no teu corpo, tocando, acariciando, os meus lábios já não procuravam os teus lábios, desejavam o teu pescoço, as tuas orelhas, mordisquei-as levemente, as minhas mãos puxavam a tua camisola e queriam sentir-te dentro do soutien, apertar os teus mamilos, senti-los ficar duros, a roupa depressa desapareceu, e logo os meus lábios sugavam os teus mamilos duros, beijei o peito, desci e procurei desfazer-me do fio dental e sentir o teu sabor na minha boca, beijei, toquei com a língua no clítoris, massajei-o, acariciei-o, fiz-te gemer de loucura, senti o teu corpo crispar-se de prazer no meio de gemidos, e parei, sentaste-me no sofá, saltaste para cima de mim, atacas-te o meu pescoço, o meu peito, brincaste com os mamilos, desceste mais e procuraste o meu sexo, e usaste a língua e a boca para me pôr mais louco do que já me encontrava, puxei-te para cima e deitei-te no sofá, e ali mesmo ajoelhado há tua frente te possui com força de um touro, com a violência de um furacão, e ali começamos a descida aos infernos dos prazeres.
Virei-te de costas, e ali mesmo te penetrei fundo, e rápido, por trás, agarrei nos teus cabelos tentando dominar-te, tuas voluptuosas nádegas chocam contra o meu corpo e sinto o calor emanado pelo teu sexo, ritmicamente te começas-te a movimentar e eu sentindo o calor a subir de uma forma violenta, tiro fora, e paro e tu lutas para eu libertar os cabelos presos na minha mão, puxo com força, ao que gritas de dor, solto os cabelos, e tu levantas-te e mandas-me para o sofá e violentamente te sentas em cima de mim, enterrando o meu pénis bem fundo dentro de ti, e movimentaste de uma forma selvagem e começas a pôr-me há beira do êxtase, tento lutar contra ti, mas meus esforços são inválidos enquanto me venho dentro de ti no meio de gemidos loucos de prazer de ambos.
NunoM

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tenho sede de ti

Sede de teus lábios doces,
De teu corpo almejado e querido,
Suas mãos macias e intrépidas,
Seu olhar sedutor,
Sede de teu sexo...
De suar contigo...
Delirar e gritar meu anseio e desejo...
Aninhar-me em ti e ter seu colo quente...
Ser possuída e te possuir...
Levitar de tesão e gozo...
Inebriar-me com seu mel gostoso!
E repousar no afã de teus braços.
Tenho sede de fazer amor com você...
De enlouquecer de carícias.
Voar alto em nosso ato,
E renascer tua noutro dia...

(Izabel Silveira- 2/03/2005)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Botão de rosa


Esse pequeno ponto no centro do teu corpo.
Onde me delicio e delicio-te com novos prazeres e pequenas sensações findos do mais profundo de ti.
Que, com um toque suave, transporta-te para um mundo suspenso de sentidos cruzados.
Desfloro-o com suaves toques, como se de uma pétala de Rosa se trata.
Aveludado, como as pétalas da Rosa,
Húmido, como o orvalho da noite,
Irrequieto, como uma pequena criança cheia de energia,
Saboroso, como um prato confeccionado por ti.
Delicio-me, saboreio, provo-o, delicio-te, dou-te a saborear a provar, através dos meus lábios, o mais íntimo dos teus sabores, depositado nesse pequeno ponto do teu corpo de mulher.
Por fim, como o partir do cântaro chegas, cansada, confusa de sentidos, perdida no tempo ao prazer.
Já não estas apenas húmida, mas sim molhada em sentidos e prazeres que (re)descobri para ti.
Beijo-te, limpo a lágrima que te escorre pela face.
Desejo-te!

Rui S.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Catavina

Tudo havia terminado…
Os lençóis remexidos sussurravam docemente, enquanto testemunhas silenciosas de segredos de uma noite de infindáveis prazeres. No ar espraiava-se um odor agridoce que se desprendia dos corpos nus, adormecidos em desalinho sobre a cama.
Tudo começara com um olhar, não um olhar qualquer mas um daqueles olhares que prenuncia tempestade, sentimentos tumultuosos, intensos e magnéticos. Um olhar que tudo esconde e que tudo revela, espelho de almas atormentados de um desejo por saciar…
Estava escrito que algures no espaço algures no tempo, o inevitável aconteceria porque a insustentável tensão que pairava a cada encontro, escrevia mais uma linha no livro do destino…quando as linhas se cruzassem….
Com a mudança das estações as linhas cruzaram-se e o destino cumpriu-se. A distância de segurança foi quebrada, e o beijo surgiu do nada, quente, sensual, exigente e sôfrego, selando o início do inevitável. O princípio do fim. O olhar escureceu, intensificou-se expressando o desejo transbordante. As mãos pequenas e delicadas percorreram devagar o contorno da face, deslizando suavemente e descendo pela nuca e ombros desapertaram os botões da camisa semi-aberta acariciando firmemente a pele macia por debaixo. Os lábios quentes percorreram o trilho das mãos, atingindo o peito e acariciando com a língua os mamilos até estes ficarem erectos…
As mãos acariciavam suavemente as costas, descendo até aos rins apertaram firmemente as nádegas firmes que se revelam sob as calças.
Um a um os botões vão sendo finalmente abertos…
A boca dele era macia e viajou languidamente pela curvatura do pescoço até à abertura do decote, sentido o odor suave que se desprendia da pele, abriu vagarosamente o fecho e mergulhou as mãos no seu interior acariciando firmemente as costas, despojou os seios do seu suporte. As mãos e a boca cálida percorreram-nos, ora suave ora impetuosamente arrancando murmúrios entrecortados de prazer.
Com decisão a saia, foi arrancada num só gesto expondo o ventre ligeiramente arredondado e a tanga fio dental. Uma das mãos enlaçou a cintura, enquanto a outra mergulhou na tanga, sentindo a macieza sedosa de uma intimidade fremente, quente e húmida…palpitante, os dedos penetraram delicadamente no abismo aveludado e quente que se abria ao toque delicado.
O abraço foi forte, envolvente e impetuoso e o contacto dos corpos quentes, excitados e sequiosos de carícias foi selvagem. As bocas ávidas de prazer percorreram despudoradamente todo o corpo cm a cm, ora acariciando, ora tocando levemente com a língua ora sugando e apertando vigorosamente com os lábios, arrancando gemidos incontidos pelas sensações de prazer que provocavam.
A excitação crescia, a batida cardíaca acelerava-se…. Os corpos enlaçam-se, numa exploração infinda de prazeres e sensações, de toques, de beijos, de carícias prolongando o clímax…
Sentando-se lentamente, sente a masculinidade penetrar primeiro suave e lentamente, depois aumentando a cadência…ondas de calor percorrem a coluna, tornando a respiração cada vez mais ofegante num turbilhão crescente de sensações, a visão torna-se mais enevoada, o corpo fica trémulo com a proximidade do orgasmo que se pressente pelo vigor dos movimentos, pelos gemidos incontidos, pelas unhas que se cravam como garras. Antes do clímax muda rapidamente de posição, e de gatas sente as mãos dele agarrarem vigorosamente a anca e penetrarem-na com força. É um crescendo que se transmite a todo o corpo, em ondas de choque sucessivas como a erupção de um vulcão adormecido, que explode com violência… para ele tudo chegou ao fim.
Nela a onda de calor parece retroceder, mantendo o corpo trémulo, quente e fremente… mas o toque suave dos dedos e a boca quente, reacende a fogueira ainda não extinta, emitindo miríades de sensações que de novo inflamam e explodem…recomeçando de novo…
Tudo tem um princípio…tudo tem um fim.
Os acordes de uma cavatina [1] ecoam ao longe...

Djinn

[1] - Área musical de curta duração, sem repetição nem segunda parte

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Desejos


Sinto desejos ao te escutar,
Com essa voz macia e aveludada
Que me faz sonhar, te desejar
Ardentemente muito apaixonada.

Escuto a sua voz me dizendo
Sussurros aos meus ouvidos
Palavras doces de amor e poesia
Que vêm do fundo da alma sorrindo.

Suas mãos fortes, atrevidas
Acariciando o meu corpo nu
Com um toque leve e macio
Deixando-me sem vontade de reagir.

Desejo sua boca doce feito mel
Me beijando cheio de paixão com ternura,
Tirando meu fôlego a cada beijo seu
Vontade de quero mais, ao ser toda tua.

Estes belos olhos da cor do céu
Contemplando-me como a uma deusa
Uma rainha que se ajoelha aos seu pés
Meu homem amado razão da minha vida.

Que beije meus fartos seios
Aperte em seus carinhosos abraços
Língua quente percorra todo o meu corpo
Deixando-me arrepiada, tesão alucinante.

Desejo que me penetre com vontade
Intensidade me faz tremer de prazer
Abro todas as grutas e cavidades
Gozando os dois na certeza da realidade.

Jamais encontrarei alguém
Que me Ame tanto assim
Pois é e sempre será, enfim
Meu único e verdadeiro amor.

(Giovana Pimentel e José Luís P.V-15/01/2009)

domingo, 11 de janeiro de 2009

Laryssa


Que doce mel! Que vaporoso perfume!
Teu corpo cheira assim como alecrim!
Teu fogo vestal é um virtuoso lume!
Esse que minhas mãos querem sentir!

Ó suave fragrância!...Inflorescências!
Acariciar teu púbis sem pudor!
Beber o doce bálsamo da inocência,
Sim! Provar o mel da tua flor!

Um toque sensual! Tão inefáveis carinhos!
Minha língua há-de penetrar, com ardor,
Teus recônditos mais secretos caminhos!

Adentrar teus pequenos lábios num beijo!
Duas cálidas pétalas! Ó perfumada flor,
Tão sensual e mais ardente eu te desejo!


(tanatus – 27/10/08)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ser(te) complexo


Quero ser o fogo, a correr doido nas tuas veias, a alimentar-te o desejo.
A nicotina que te vence, sempre que a pensas, e te consome.
Navegar-te nas entranhas da pele tocando-te o sexo, sufocando-te suave.
Quero ser o carinho bruto que te lança contra a parede numa febre de prazer, fazendo-te chorar de loucura.
O transcendente ser que te toca por dentro nos recantos sombrios do cérebro e te faz sonhar gemidos.
Quero ser-te, e a mão que te agarra os cabelos, e a boca que te sopra ao ouvido, e a mão que te percorre a anca, e a boca que te trinca a cartilagem e te faz gritar, e os dedos que contornam o umbigo, e a língua que te entra na orelha,
Quero ser-te puro e complexo desejo.


(Diogommalves)

sábado, 3 de janeiro de 2009

Desejo

Que desejo é esse
que sinto
De te pertencer
por inteira?
Entregar-me total
O corpo
A alma
O carnal
Saciar essa fome,
de homem faminto
Que me deixa perdida
que me ama na sala
No sofá ou no chão

Amor sem restrição
Que me chama de louca
e me beija a boca
É claro... se a loucura é você
como não perder a razão?

Viajo nas estrelas,
você no meu céu
De prazer, me desmancho
Sou bolinha de sabão
Me derreto de emoção

Te juro...
que ainda morro de paixão
Ouvindo teu coração
queimando adrenalinas
Exausto pela combustão
De, dois corações ardentes
Sacramentando o amor

(amopoesias)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Naquela noite


Soube-me a pouco a noite em que chegaste com esse sorriso quente e olhar sôfrego de mim.
Ao som de Schneider bebemos vinho e dançámos, mudos, amadurecendo apenas os nossos pensamentos e, naquele roçar suave de corpos, o desejo amplificou-se e agravou-se, incontido, gritante…
Sem qualquer palavra, numa lentidão prevista, teus lábios tocaram-me a pele, que se despiu devagar, saboreando a fome da tua sede, e a maciez das tuas mãos, que me envolviam os seios generosos que te oferecia, enquanto teu corpo se mostrava mais firme, mais poderoso, mais meu…
Percorri cada poro do teu corpo, ávida dos teus gemidos que gritavam meu nome. Sedenta de prazer, numa entrega absoluta, tranquei tabus e pecados num armário inalcançável, e fui inteiramente tua, numa volúpia animalesca em que saciámos todos os desejos incontidos, escondidos, insanos…
Há uma quase dor que me acompanha nesta febre a que me dou voluntariamente, num ardor travesso e rítmico, abrasador e vulcânico, até ao clímax da tua ejaculação e das minhas compressões húmidas em que quase te arranho.
Acordei quase feliz, com o toque lânguido dos meus dedos presunçosos…
Soube-me a pouco o sonho naquela noite. Espero agora o teu poema real…


(Vera Silva)