
Sentaram-se nas cadeiras...Ele reparou então na sala, espartana de móveis, o verde dos cedros a reflectir na vidraça confundia-se com o verde dos olhos dela, puros de amor e dedicação, a pele leitosa levemente corada, o sorriso de satisfação ilumina-lhe o rosto e os lábios desenham um "amo-te" surdo, mas audível. Ele sentou-a no colo, reclinou-a sobre o seu corpo em espaldar, ela terna, macia, generosa, aconchegou-se, aproximou os lábios dos dele numa sede de ternura e aconchego, lânguida, provou-lhe a língua, desenhou-lhe os contornos dos lábios, ele insinuou a mão por baixo da camisola, soltou-lhe o seio, destapou-o, lambeu o botão enrijecendo-o entre os lábios, ela apertou as pernas...o gemido veio fundo, ele dedilhou-lhe o mamilo com força, sempre em movimentos circulares, as pernas intensificaram-se na fricção que vinha fazendo... Novamente, o corpo se retesou, de lábios colados, ele saboreou-lhe as sensações...
O carinho continuava a abençoar os dois corpos, em identidade total.
A conversa fluía numa tentativa de iludir a vontade de se entregarem de forma total, riam...Como se essa conversa fosse o objectivo primeiro...as mãos desmentiam o sentido da conversa, sempre no corpo do outro, sentindo, apalpando, premindo...
Ela disse-lhe: - quero-te de novo - num desafio que ele não podia já mais ignorar...
Levantou-se em frente dela, desapertou o fecho das calças, meteu a mão dentro dos boxers, puxou-o para fora, ela prontamente deitou-lhe a mão, descobriu-lhe a glande que ainda murcha tinha vestígios das carícias que lhe prodigalizara antes, ela lambeu esses resquícios, numa sede inaudita, queria-o assim, abocanhou-o todo dentro da sua boca gulosa, assim murcho ficou todo dentro, recuou, ela já sabia como o endurecer, o que ele queria, como queria, parecia que o conhecia desde sempre, - amo-te, meu amor - disse-lhe ele. Ela sugou-o novamente em vai e vem esticando-o na boca, premindo as bordas da glande... parou, olhou-o nos olhos numa súplica, ele beijou-a, sentindo o seu próprio sabor na boca dela, sentou-se, ela abocanhou-o de novo, esfomeada. Ele tentou pará-la de novo pouco convincente. Ela respondeu - vem amor, eu quero - como que adivinhando os desejos dele, ele recostou-se, ela apoiou as mãos nas coxas dele, o membro completamente teso na boca, sentindo a urgência dele a vir, os lábios formaram um torno em volta da haste recolhendo o néctar em golfadas, bebendo tudo como se de um elixir se tratasse. Recostado, a cabeça inclinada para trás, olhos fechados, sentia a volúpia invadi-lo, cada golfada que lhe oferecia era um soneto ao amor que ela ofertava. Quando abriu os olhos e se endireitou, bateu com os olhos no rosto dela, límpido, sorridente, feliz, amorosa - amo-te - disse-lhe ela reforçando o acto de amor que lhe ofereceu, beijaram-se com aquele sabor de sémen, deleitando-se com as sensações que se provocaram mutuamente.
Não há amor maior que a oferta de dois corpos que se amam.
Jaber
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